Em clima olímpico, velocistas buscam o título do quarto Raia Rápida no Rio

Publicado em 14 de setembro de 2015

biA quarta edição do desafio Raia Rápida ganhou um tempero especial. A menos de um ano dos Jogos de 2016, o clima olímpico é inevitável entre os quartetos de Brasil, África do Sul, Estados Unidos e Itália, que caem na água neste domingo, na piscina do Botafogo, no Rio de Janeiro, a partir das 10h (de Brasília), com transmissão ao vivo da TV Globo dentro do Esporte Espetacular. Mesmo se tratando de uma competição amistosa, em formato fora do convencional, o evento tem valor na preparação para as Olimpíadas. Principalmente no caso dos estrangeiros, que encaram a disputa como mais uma oportunidade de aclimação em solo brasileiro.
– Estamos no Rio. É claro que vai ser diferente nas Olimpíadas, naturalmente. Mas é importante para todos estar aqui, sentir como é estar aqui. É uma preparação. Mesmo sendo uma competição fora do normal, onde nadamos várias vezes seguidas. É bom estar aqui e competir com esses caras – afirmou o americano Anthony Ervin, campeão olímpico dos 50m livre em Sydney 2000.
Para aumentar o clima olímpico, os 16 participantes do Raia Rápida aproveitaram a visita ao Rio para conhecerem as obras da piscina que receberá as disputas no ano que vem. Veterano de quatro Jogos – maior número entre os nadadores do desafio -, o sul-africano Roland Schoeman, de 35 anos, foi um dos que mais vibrou com a oportunidade e disse estar ansioso para voltar no ano que vem e participar, provavelmente, pela última vez das Olimpíadas.
– Alguns anos atrás, quando o Rio foi anunciado como sede, era um sonho. Agora, tudo está tomando forma. Estar aqui, ver tudo isso, os estádios sendo concluídos… Definitivamente, podemos sentir o espírito olímpico. Domingo vai ser ótimo. Toda vez que competimos, é uma oportunidade para buscar o seu melhor. E mal posso esperar para voltar no ano que vem. Vai ser uma ótima atmosfera, com certeza – disse o sul-africano, ganhador de um ouro, uma prata e um bronze nas Olimpíadas de Atenas 2004.
Diferentemente de Ervin e Schoeman, que já conhecem o clima olímpico e o próprio Rio de Janeiro, para o sul-africano Brad Tandy tudo é novidade. Pela primeira vez no Brasil e em busca da participação de estreia nas Olimpíadas, o atleta, de 24 anos, disse que disputar o Raia Rápida tem aumentado bastante sua motivação.
– É muito bom estar aqui no Rio. Uma inspiração para seguir buscando disputar as Olimpíadas. Seria algo incrível – afirmou Tandy.

BRASIL EM BUSCA DO BI
Atual campeão do desafio, o Brasil entra como favorito a mais um título. Se levados em conta os melhores tempos de cada nadador, a equipe da casa lidera com folga. Nicholas Santos (borboleta), Felipe França (peito) e Daniel Orzechowiski (costas) são donos das melhores marcas em 2015 na comparação com os estrangeiros. Apenas no nado livre, o representante brasileiro, Matheus Santana, fica em segundo, atrás do americano Anthony Ervin.
Em relação ao time do ano passado, o Brasil tem uma mudança: a entrada de Orzechowiski no lugar de Guilherme Guido no nado costas. No entanto, o nadador catarinense tem larga experiência no Raia Rápida, tendo participado das duas primeiras edições.
Os tempos de 2015 e o retrospecto também apontam os Estados Unidos como principal ameaça ao Brasil. Liderado pelo veterano Anthony Ervin, que nadará o estilo livre, a equipe conta ainda com os medalhistas em mundiais David Plummer (costas) e Mike Alexandrov (peito), além do campeão dos 100m borboleta no Pan de Toronto, Giles Smith, que nadará sua especialidade no desafio.
Participando pela segunda vez do Raia Rápida, a equipe da África do Sul entra na disputa desfalcada de seu principal nome no ano passado: o atual campeão e recordista mundial Cameron Van Der Burgh. Por outro lado, o time liderado pelo veterano Roland Schoeman tem uma vantagem: chega descansada em relação aos outros times. O quarteto sul-africano é o único em que nenhum dos nadadores esteve no Mundial de Kazan, em agosto. Além de Schoeman (Schoeman), a equipe conta ainda com Gerhard Zandberg (costas), Giulio Zorzi (peito) e o jovem Brad Tandy (livre), dono de uma das saídas mais rápidas do mundo.
Equipe estreante, a Itália aposta em dois medalhistas no último mundial para surpreender. Luca Dotto e Michele Santucci fizeram parte do revezamento 4x100m livre medalhista de bronze em Kazan, quando deixaram o Brasil de Matheus Santana em quarto. Além dos dois, que nadarão o borboleta e o livre, respectivamente, o time italiano conta ainda com Mirco Di Tora (costas) e Fabio Scozzoli (peito).

FORMATO DE DISPUTA
Cada país é representado por quatro nadadores, que competem em provas individuais e de revezamento, sempre nadando no estilo que foi escalado (borboleta, costas, peito e livre). Os atletas disputam provas eliminatórias, sempre na distância de 50m. Os últimos colocados de cada série são eliminados da seguinte, até que restem apenas dois nadadores para a final. Cada vitória individual vale 3 pontos, com 2 para o segundo colocado e 1 para o terceiro. O último não leva nada.
Na sequência, os nadadores voltam à piscina para a segunda fase do desafio com o revezamento 4x50m medley. Esta prova tem valor em dobro: 6 pontos para o primeiro colocado, 3 para o segundo e 2 para o terceiro. O último, mais uma vez, não leva nada.
A equipe com maior pontuação nas duas fases fica com o título do desafio.
Globoesporte

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