Em janeiro, economia brasileira registra saldo de mais de 180 mil empregos novos com carteira assinada

Publicado em 17 de março de 2024

Em janeiro de 2024, a economia brasileira criou um saldo de mais de 180 mil empregos novos com carteira assinada — o dobro do registrado no mesmo mês de 2023. O setor de serviços foi o que mais abriu vagas, e o comércio foi o único que fechou postos de trabalho.
Em uma cidade com mais de 11 milhões de habitantes, sempre tem espaço e emprego para mais um. Foi isso que a analista de RH Júlia Vitória Fernandes Alves pensou quando resolveu se mudar do interior para São Paulo, em setembro de 2023.
“Eu não conseguia acreditar que tinha tantos candidatos. Assim, parece que estava todo mundo procurando emprego também”, conta.
A maré virou em janeiro, quando a Júlia finalmente conseguiu entrevista em uma empresa de tecnologia aplicada à medicina e foi contratada para uma vaga na área dela, a de recursos humanos.
“Agora, é terminar a faculdade e continuar crescendo na área de recursos humanos”, afirma.
Ninguém apostava em um janeiro tão bom no mercado de trabalho. Graças ao resultado bem melhor do que o do mesmo mês de 2023, o Brasil tem hoje quase 45,7 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Em janeiro de 2023, eram pouco mais de 44,13 milhões. Os estados que mais criaram empregos foram: São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os dados também mostram que os empregos aumentaram em quatro dos cinco setores da economia. Indústria e construção civil, aliás, surpreenderam os economistas. E mesmo quando eles olham para o comércio, que é mais fraco nessa época do ano, dizem que esperavam um resultado pior. Já o setor de serviços foi o grande empregador com carteira assinada.
O professor de economia da FGV Renan Pieri explica que é mais fácil abrir este tipo de vaga.
“A gente tem que o emprego no setor de serviços e no comércio, ele é mais barato de ser gerado do que na indústria. Esse é o setor que mais cresce e mais puxa o nível de emprego para cima. Dado o bom momento, a gente tem mais gente ocupada e mais dinheiro circulando”, explica.
O economista Celso Donato diz que a geração de emprego é um empurrão para a economia.
“Em economia, a gente fala que tudo se retroalimenta. Então, a economia mais forte faz com que o mercado de trabalho fique mais forte. Isso gera mais renda para as famílias, isso também puxa a economia. Então, o que a gente vai ver não é só esse mercado de trabalho forte agora em janeiro, mas os efeitos desse mercado se espraiando para o restante da economia e sustentando uma atividade mais forte nos próximos meses”, afirma.

G1

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