Ex-vice de Aidar citado em mensagem exige “nome limpo” após renúncia

Publicado em 12 de outubro de 2015

Mesmo após a confirmação do próprio Carlos Miguel Aidar de que renunciará à presidência do São Paulo na terça-feira, mais um grupo político retirou apoio ao ainda mandatário. Trata-se do “Movimento São Paulo”, que toma posição ainda de cobrar que Douglas Schwartzmann, um de seus integrantes e ex-vice de comunicações e marketing do clube, seja inocentado publicamente das acusações que envolvem seu nome.
Douglas, um dos principais braços políticos de Aidar em todo o seu mandato, é citado no e-mail em que Ataíde Gil Guerreiro reúne acusações contra o presidente. Segundo o texto do ex-vice de futebol (demitido na terça-feira), o chefe do marketing são-paulino seria “cabeça” da “operação fraudulenta” que estipulou comissão milionária pelo acerto com a Under Armour, fornecedora de material esportivo do time.
– Você (Aidar) menciona em detalhes que o Douglas perdeu a noção do perigo e pede comissão em todas as operações – diz o texto do e-mail enviado na quarta-feira por Ataíde, ao qual a reportagem teve acesso.

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Com o racha causado por Ataíde, Aidar oficialmente não tem mais nenhum de seus ex-vices ao seu lado. Antes de o Movimento São Paulo (cujo outro líder é Antônio Donizeti Gonçalves, o Dedé, que ocupava a vice-presidência social e de esportes amadores) se manifestar na manhã deste domingo, depois da confirmação de renúncia, o mesmo já havia feito o Participação, de Julio Casares (primeiro vice-presidente até terça-feira) e Osvaldo Vieira de Abreu (ex-vice de administração e finanças).
O Vanguarda (grupo de Marcelo Pupo, vice-presidente do Conselho Deliberativo, e José Augusto Bastos Neto, ex-presidente do clube) não se manifestou. Já o Força São Paulo, fundado após dissidências de cunho pessoal com o Clube da Fé, não o fará publicamente, mas também não está de acordo com a situação, segundo Eduardo Alfano Vieira, um de seus 13 representantes, que era diretor de relações internacionais do clube – antes de Aidar confirmar sua renúncia, ele era um dos cotados para assumir a vice-presidência de futebol no lugar de Ataíde.
– Não concordamos com qualquer tipo de lesa ao São Paulo. Nosso silêncio público não significa que não estejamos vendo o que está acontecendo. Não somos coniventes. Mas tratamos disso internamente, de modo reservado. E queremos, sim, mudar o presente, mas sem voltar ao passado – disse Alfano à reportagem.
Globoesporte

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