Exército de Israel diz ter matado por engano 3 reféns israelenses sequestrados pelo Hamas. Eles seguravam bandeiras brancas

Publicado em 16 de dezembro de 2023

O Exército de Israel afirmou nesta sexta-feira (15) que suas tropas mataram por engano três reféns israelenses que estavam em poder do Hamas. Eles haviam conseguido fugir do grupo terrorista e tentavam chegar a Israel, ainda segundo as Forças Armadas israelenses, segurando bandeiras brancas.
“Durante os combates em Shejaiya, uma força das Forças de Defesa de Israel identificou erroneamente três reféns israelenses como uma ameaça. Como resultado, a força disparou contra eles e eles foram mortos”, declarou, em comunicado, um porta-voz do Exército.
Os reféns foram mortos durante uma operação de tropas israelenses em Shejaiya, bairro da Cidade de Gaza, no norte do território palestino. Segundo o porta-voz do Exército israelense Daniel Hagari, eles conseguiram escapar do cativeiro e caminhavam em direção a território israelense.

Os três, ainda segundo o governo israelense são, cidadãos israelenses e haviam sido sequestrados em 7 de outubro pelo grupo terrorista:
• O israelense Yotam Haim, sequestrado no kibutz de Kfar Gaza;
• Samer Talalka, sequestrado no kibutz de Nir Am mas que era residente da cidade beduína de Rahat;

• Alon Shamriz, que também vivia em Kfar Gaza e era filho de iranianos, segundo o jornal “The Israel Times”.
Os corpos foram levados pelos soldados a território israelense, onde foram identificados.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu desculpas às famílias e disse que aprendeu “lições necessárias”. Mas afirmou que incursões seguirão.
“Mesmo nesta noite difícil, curaremos as nossas feridas, aprenderemos as lições necessárias e continuaremos com o nosso esforço supremo para devolver todos os nossos reféns para casa em segurança”, disse Netanyahu.
Em nota, a Casa Branca tratou o caso como um “erro trágico” cometido pelo exército israelense.
“Não temos uma visibilidade perfeita de como exatamente essa operação ocorreu e como esse erro trágico foi cometido”, afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby.

‘Aprendemos lições’
Em nota, as Forças de Defesa de Israel chamaram o caso de “incidente” e disseram que aprenderam ‘lições’ com o episódio, mas afirmaram que seguirão em busca dos reféns ainda em poder do Hamas.
“Enfatizamos que esta é uma zona de combate ativa na qual ocorreram combates contínuos nos últimos dias. Foram aprendidas lições imediatas do evento, que foram transmitidas a todas as tropas em terreno. Expressamos profundo pesar pelo trágico incidente, e enviamos às famílias as mais sinceras condolências. Nossa missão nacional é localizar os desaparecidos e devolver todos os reféns para casa”, disse o Exército, em comunicado.
O Exército de Israel não havia informado, até a última atualização desta reportagem, onde exatamente estavam os reféns no momento em que foram alvejados pelos soldados – há relatos de que a maior parte dos reféns está em túneis utilizados pelo grupo terrorista.
Segundo o governo de Israel, 138 reféns ainda estavam sob poder do Hamas – contando com os três israelenses mortos por engano. Todos foram sequestrados há dois meses, desde que o grupo terrorista invadiu o sul de Israel, matando outras 1.402 pessoas.
O episódio foi o pontapé inicial para a guerra que Israel atualmente trava com o Hamas na Faixa de Gaza.
Mais de cem reféns foram libertados durante o período vigente do acordo entre Israel e Hamas no fim de novembro, no qual o governo israelense fez uma trégua nos bombardeios e, em troca, os terroristas soltaram prisioneiros.
Após a pausa, o Exército israelense retomou os bombardeios e a operação por terra em Gaza.

Foto: Foto: Divulgação/Exército de Israel
G1

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