Gilberto Dimenstein, jornalista e escritor, morre em SP aos 63 anos

Publicado em 30 de maio de 2020

O jornalista e escritor Gilberto Dimenstein morreu em São Paulo na manhã desta sexta-feira (29).
Autor de mais de 10 livros, Dimenstein lutava desde 2019 contra um câncer no pâncreas. Segundo divulgado pelo portal Catraca Livre, do qual o jornalista era fundador e dono, ele morreu às 9h, enquanto dormia.
Dimenstein deixa dois filhos, Marcos Dimenstein e Gabriel Dimenstein, a esposa, Anna Penido, e um neto.
“Morre hoje, 29, o jornalista Gilberto Dimenstein. A luta contra o câncer levou o fundador da Catraca Livre, mas sua determinação em construir uma comunidade mais igualitária, saudável e gentil, continua nesta página”, diz uma postagem publicada no perfil do site nas redes sociais.
Em um vídeo postado numa rede social em abril, o jornalista disse que vivia o momento mais difícil de sua vida.
“Meu nome é Gilberto Dimenstein, sou fundador do Catraca Livre, sou presidente do Conselho da Orquestra Sinfônica Heliópolis, e vivo o momento mais difícil da minha vida. Estou há oito meses lutando contra um câncer de pâncreas que criou metástase. Estou lutando, ainda vou vencer, mas estou lutando”, disse.
Paulistano e de origem judaica, Dimenstein se formou em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, na capital paulista.
Em 1994, ganhou o prêmio Jabuti de melhor livro de não ficção pelo então recém-lançado “O Cidadão de Papel”. Na obra, o autor busca mostrar o desrespeito aos direitos humanos na nossa sociedade. O livro relaciona o assassinato de crianças, a violência, a fome e a falta de escola com o desenvolvimento da economia e o desemprego.
Dimenstein também escreveu livros como “As Armadilhas do Poder – Bastidores da Imprensa” (1990), Meninas da Noite” (1992), “Democracia em Pedaços” (1996), “Quebra-Cabeça Brasil – Temas de Cidadania na História do Brasil” (2003) e “Aprendiz do Futuro – Cidadania Hoje e Amanhã” (2005) .
Ele trabalhou também como colunista no jornal “Folha de S. Paulo” e como comentarista da rádio CBN, dos quais se desligou para se dedicar a um projeto particular, o site Catraca Livre, uma plataforma multimídia de jornalismo educativo que divulga atividades culturais gratuitas em São Paulo.
Na “Folha de S.Paulo”, foi diretor na sucursal de Brasília e correspondente em Nova York.
Ao longo da carreira como jornalista, trabalhou também em outros veículos de comunicação, como “Jornal do Brasil”, “Correio Braziliense” e a revista “Veja”. Ficou conhecido pela defesa de direitos nas áreas de educação e de meio-ambiente, nos quais atuava com projetos sociais.
Foto: IARA MORSELLI/ESTADÃO CONTEÚDO
G1

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