Grupo a favor de Dilma marcha em Brasília após desfile de 7 de Setembro
Publicado em 7 de setembro de 2015![](https://rededenoticias.com/wp-content/uploads/2015/09/apoioPT2.jpg)
Com o fim do desfile oficial de 7 de Setembro em Brasília, representantes do Movimento Grito dos Excluídos marcharam do Museu da República em direção ao Congresso Nacional. O grupo se diz a favor da presidente Dilma Rousseff, mas contra o ajuste fiscal.
Segundo a organização, o ato mobilizou 1,5 mil manifestantes. A Polícia Militar estimou a presença de 200 pessoas pró-PT durante o protesto. Não houve conflito.
“Temos uma necessidade de democratização dos meios de comunicação e queremos debater a violência, principalmente contra a juventude. Apoiamos as medidas progressistas do governo, mas somos totalmente contra o ajuste fiscal”, declarou o articulador, Fábio dos Santos.
Como o Congresso Nacional foi isolado com grades e um cordão policial, manifestantes ficaram impedidos de acessar o gramado. Pouco antes das 12h, os organizadores decidiram encerrar o protesto, na altura da Alameda dos Estados.
Enquanto isso, manifestantes contrários ao governo permaneciam na altura da Catedral Metropolitana. Eles chegaram a suspender a passeata por causa da baixa umidade, mas depois decidiram descer em direção ao Congresso.
O grupo levou bonecos infláveis representando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – com roupa listrada, de presidiário – e a presidente Dilma Rousseff. As estruturas, de cerca de 15 metros de altura, estavam protegidas por grades. O vento forte fez com que ambas murchassem, e, por volta das 9h30, os organizadores tentavam consertá-las para enchê-las novamente.
Um grupo foi vaiado ao exibir faixas e cartazes de apoio à presidente Dilma Rousseff e ao PT no local. Em uma das bandeiras havia os escritos “+ direitos, + democracia”.
O servidor aposentado Afonso Magalhães ajudava a segurar o “bandeirão” de apoio à presidente Dilma. Segundo ele, o grupo é formado por diversos movimentos sociais e não tem uma liderança específica. “Defendemos a democracia, as conquistas dos últimos 12 anos e a companheira Dilma.”
A concentração do protesto contra Dilma começou às 8h, entre o Museu da República e a Catedral Metropolitana. O grupo portava faixas e cartazes. Carros de som levados pelos organizadores reproduziam palavras de ordem contra o governo.
Policiais militares fizeram barreiras para revistar manifestantes com mochilas. A PM havia vetado o uso de máscaras por manifestantes, bandeiras com hastes de madeira ou plástico, garrafas de vidro e objetos que podiam ser transformados em armas em caso de confusão.
Manifestantes não puderam se aproximar do palanque oficial do desfile, onde estava a presidente Dilma Rousseff. Toda a área nas proximidades foi cercada com tapumes de alumínio, que depois de instalados viraram alvos de pichações e chutes. A área cercada, de aproximadamente dois quilômetros, terminava junto às arquibancadas, no trecho onde ocorreu o desfile oficial. Esse isolamento é adotado desde 2013. Todas as pessoas que assistiram ao desfile tiveram de passar por revista policial.
Apreensões
Um artefato explosivo, dois canos de PVC, hastes de bandeira, facas e tesouras foram apreendidos por policiais militares durante a revista. Além disso, pelo menos dois adultos e um adolescente foram encaminhados à 5° Delegacia de Polícia depois de serem flagrados com duas porções de droga na mochila.
“As abordagens eram direcionadas a pessoas que estão com bolsas, mochilas, de bicicleta e ambulantes com caixa de isopor. Esses materiais apreendidos, em uma manifestação podem se tornar uma arma”, disse o tenente Marcelo Languedey. “Essa bomba que encontramos faz mais barulho, mas se for estourada perto de uma pessoa, pode machucar.”
A Polícia Militar informou que dois policiais civis chegaram a ser detidos por invadir a área do desfile. Eles foram liberados depois por não terem cometido crime, informou o capitão Michello Bueno.
Outro protesto
Durante o desfile de 7 de Setembro, um grupo aproveitou a ocasião para colocar fogo em pneusna altura da Rodoviária do Plano Piloto, pedindo construção de moradias populares e auxílio-aluguel. O ato aconteceu a cerca de três quilômetros de distância do local do desfile.
Os manifestantes pertencem ao Movimento Resistência Popular e disseram não ter relação com o grupo que pede a saída da presidente Dilma Rousseff, que se concentrava com faixas e cartazes no Museu da República e a Catedral Metropolitana. Eles querem um posicionamento do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.
De lá, o grupo seguiu em direção ao Museu da República e prestou apoio aos manifestantes que diziam palavras de ordem contra o governo.
G1