Hipismo das Olimpíadas pode ser disputado fora do Brasil, diz dirigente

Publicado em 8 de outubro de 2015

hipismoO presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Luiz Roberto Giugni, afirmou nesta quarta-feira que as provas de hipismo das Olimpíadas de 2016 podem ser realizadas fora do Brasil. Em uma coletiva na Sociedade Hípica Paulista, em São Paulo, o dirigente informou que o Ministério da Agricultura ainda não acertou protocolos de certificados sanitários para liberar a entrada de cavalos estrangeiros no Rio de Janeiro. Segundo Luiz Robeto Giugni, se a situação não for solucionada até o fim de outubro, a Federação Equestre Internacional (FEI) pode tirar do Rio de Janeiro o direito de sediar os eventos olímpicos da modalidade e organizar a competição em outro país.
– Nosso problema neste momento se refere ao Ministério da Agricultura, uma vez que até o presente momento eles não têm nenhum acerto do certificado sanitário com Europa, Estados Unidos e Canadá. Os europeus, americanos e canadenses não têm garantias de trazer os cavalos para cá e ser encaminhados de volta nos seus países de origem. Estamos atrasados em relação a isso. A comunicação com o Ministério da Agricultura é ruim. Eu já tenho uma coleção de e-mails, que agora estou protocolando inclusive, porque não temos qualquer tipo de resposta – disse Giugni.
O GloboEsporte.com procurou o Ministério da Agricultura, mas não obteve o posicionamento do órgão estatal até a publicação desta notícia. O Comitê Rio 2016 afirma que está acompanhando os entendimentos e está otimistas de que tudo vai dar certo. Segundo Luiz Roberto Giugni, a FEI colocou como prazo o fim do mês de outubro para ter garantias da liberação de entrada dos cavalos no Rio de Janeiro, do contrário, estudará um plano B fora do Brasil.
– Tive uma reunião na terça-feira com a federação internacional. Se o problema não for resolvido até o fim do mês, corremos o risco de não ter o evento no Brasil. Volto a dizer que a situação é complicada e também muito simples. É questão de não se criar o protocolo. Fazer não é o problema. Parece que a vontade de fazer é o ponto sensível – disse o dirigente.
O presidente da CBH explica que o Ministério da Agricultura só apresentou um protocolo de certificação sanitária, que foi rejeitado pela Comunidade Europeia. Luiz Roberto Giugni afirma que o órgão estatal não apresentou uma contraproposta, o que fez as negociações pararem. Os certificados sanitários são fundamentais para garantir a saúde dos cavalos, tanto dos estrangeiros que entram no Brasil, como dos cavalos nacionais.
Não seria uma novidade na história olímpica as provas de hipismo serem realizadas fora do país-sede. Nos Jogos de 1956, em vez de serem realizadas em Melbourne, na Austrália, as disputas tiveram como palco Estocolmo, na Suécia.
Em agosto, o Centro de Hipismo de Deodoro recebeu o evento-teste do Circuito Completo de Equitação (CCE), mas sem a presença de estrangeiros. Para o presidente da CBH, a estrutura da instalação não é uma barreira para a realização dos Jogos do Rio 2016.
– Deodoro não é mais um problema para a gente desde o evento-teste. A pista de cross-country (parte do CCE) foi aprovada, o piso está impecável. Impecável também o piso da pista de salto. O Governo do Rio de Janeiro fez um esforço muito grande para deixar tudo em dia aquilo que eventualmente estivesse em atraso. As perspectivas estão perfeitas em Deodoro. Também há um vazio sanitário, não tem nenhum cavalo lá há oito meses, a região está livre de qualquer tipo de doença – disse Giugni.
Globoesporte

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