Inflação anual ganha força e se reaproxima de 12%

Publicado em 8 de julho de 2022

Depois de registrar a primeira desaceleração um ano ao atingir 11,73% no acumulado dos 12 meses finalizados em maio, a inflação oficial aos consumidores brasileiros voltou a ganhar força com a alta de 0,67% dos preços em junho e agora soma 11,89% no período de um ano.
Com o ganho de ritmo, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o maior para o período finalizado em junho desde 2003 (16,57%). Em junho de 2021, a variação havia sido de 8,35%.
Nos 12 meses finalizados em junho, os preços das passagens aéreas (+122,4%), do pepino (+95,81), da cenoura (+83,99%), da abobrinha (+82,99%), do melão (+78,37%), da batata-inglesa (+76,01%) e do morango (=75,03%) foram as maiores contribuições para o salto do indicador.
Por outro lado, o limão (-13,08%), o feijão-preto (-10,28%) e o arroz (-10%) aparecem no topo dos 20 itens que ficaram mais baratos entre os meses de julho do ano passado e junho deste ano, segundo os dados coletados pelo IPCA.
Conforme os cálculos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a variação acumulada mantém o índice em nível superior ao dobro do teto da meta, estabelecida em 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%), para o intervalo de 12 meses.
Na última edição do RTI (Relatório Trimestral de Inflação), o BC (Banco Central) elevou para 8,8% a expectativa de avanço do IPCA neste ano e sinalizou que a chance de o índice oficial furar o teto da meta ao fim de 2022 é de 100%.
Foto: EDU GARCIA/R7
R7

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