Laudo encontra terra no carro de policial bolsonarista que matou petista no Paraná

Publicado em 23 de julho de 2022

Um laudo da Polícia Científica do Paraná confirmou que resquícios de terra foram encontrados no carro de policial bolsonarista Jorge Guaranho, que matou o tesoureiro do PT Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu, no oeste do estado.
O documento foi juntado ao processo nesta sexta-feira (22). Imagens de câmeras de segurança mostram Marcelo Arruda pegando algo do chão e jogando contra o carro de Guaranho, quando eles discutiram pela primeira vez, antes da troca de tiros.
O documento da Polícia Científica não cita pedras, e fala apenas em “sujidades”. A perícia no carro de Guaranho foi feita em 14 de julho.
Antes da conclusão do laudo, a delegada Camila Cecconelo disse em coletiva que Arruda , ao sair da festa para discutir com Guaranho, arremessou um “punhado de terra e pedregulhos” no carro do bolsonarista. Em 13 de julho, em entrevista à RPC, a esposa de Guaranho também disse que Arruda jogou “terra e pedras no carro”.

Segundo o laudo pericial, resquícios de terra foram encontrados nos seguintes locais do carro:
• Banco dianteiro esquerdo e direito;
• Assoalho;
• Coluna de direção;
• Painel;
• Difusor de ar lateral esquerdo;
• Console da porta dianteira direita;
• Região esquerda do banco traseiro.
“As sujidades encontradas no veículo são compatíveis com o substrato encontrado no canteiro referido”, cita o documento.
Marcelo Arruda foi morto a tiros na própria festa de aniversário. O evento tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula. Veja mais abaixo a sequência do crime, segundo a Polícia Civil.
Guaranho se tornou réu após a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná, na quarta-feira (20) ser aceita pela Justiça. Ele foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum. O MP disse ainda que crime teve motivação política.

Cartuchos
O laudo detalhou que no local onde Marcelo foi morto, foram encontrados 13 estojos de arma .380, além de um estojo calibre .40 S&W. O documento citou, ainda, três projéteis amassados.
A Polícia Científica não diferencia quais cartuchos foram utilizados na arma de Guaranho, e quais foram disparados pela arma de Arruda.

O crime
O crime aconteceu em 9 de julho. Marcelo Arruda foi baleado na própria festa de aniversário, que tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula. Ao ser atingido por Guaranho, o petista revidou e baleou o policial.
Arruda chegou a ser levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Jorge Guaranho segue internado no hospital, sem previsão de alta.
Foto: Polícia Científica
G1

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