Líder do governo diz que vídeo não muda disposição de Temer em nomear Cristiane Brasil ministra do Trabalho

Publicado em 31 de janeiro de 2018

Presidente nacional do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson publicou uma mensagem no Twitter nesta terça-feira (30) na qual comentou um vídeo postado pela filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), no Facebook. Para Jefferson, figuras públicas devem usar as redes sociais “apenas em caráter institucional”.
Nomeada ministra do Trabalho pelo presidente Michel Temer, Cristiane Brasil teve a posse suspensa pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 22 (entenda a polêmica mais abaixo).
A deputada, então, postou nas redes sociais um vídeo para se defender de acusações nos processos nos quais é ré na Justiça do Trabalho. Na gravação, que começou a circular nesta segunda (29), ela afirma:
“Eu juro pra vocês, eu juro pra vocês, que eu não achava que eu tinha nada para dever para essas duas pessoas que entraram [com ação] contra mim. E eu vou provar isso em breve.”
Pai de Cristiane Brasil, o ex-deputado Roberto Jefferson postou nesta terça:
“Sobre o vídeo, a repercussão fala por si. Também teve muita deturpação. Eram famílias no barco, havia crianças passando. Dito isso, penso que uma figura pública deve se portar como uma figura pública, e usar ferramentas como Facebook e Instagram apenas em caráter institucional.”

‘Trogloditas’
Ainda sobre o vídeo de Cristiane Brasil, Roberto Jefferson também criticou os “trogloditas” nas redes sociais, pedindo que haja menos machismo na internet.

‘Gente como nós’
Mais cedo, nesta terça, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), um dos vice-líderes do governo na Câmara, disse que a divulgação do vídeo de Cristiane Brasil não muda a disposição do governo em nomeá-la para o Ministério do Trabalho, acrescentando que ela é “gente como nós”.
“Ela é um ser humano. Ela é gente como nós e o governo mantém a sua indicação. É impensável, impraticável um juiz decidir pelo governo se aquela pessoa deve ser ministra ou não. Isso é mais um borrão que o poder Judiciário faz na harmonia entre os Poderes”, afirmou Perondi.

Entenda a polêmica
O presidente Michel Temer nomeou Cristiane Brasil como ministra do Trabalho em 4 de janeiro.
Quatro dias depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro suspendeu a posse, atendendo a um pedido segundo o qual o princípio da moralidade administrativa foi ferido em razão da denúncia de que Cristiane Brasil foi condenada a pagar R$ 60 mil por dívidas trabalhistas com dois ex-motoristas.
Posteriormente, a Advocacia Geral da União (AGU) recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que liberou a posse de Cristiane Brasil. Mas, um dia depois, Cármen Lúcia suspendeu a posse liminarmente, ou seja, ainda analisará o caso antes de tomar uma decisão.
G1

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