Ministério da Família se recusa a responder MPF sobre declarações de Damares. Ela não prova denúncias e pode ser presa
Publicado em 23 de novembro de 2022![](https://rededenoticias.com/wp-content/uploads/2022/11/Damares1-1024x613.jpg)
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) disse que não vai fornecer detalhes a respeito das declarações da ex-ministra Damares Alves ao Ministério Público Federal no Pará, sobre as informações que divulgou, sem provas, em um culto em Goiânia, sobre tráfico de crianças, tortura e abuso infantil em cidades do Marajó, no Pará.
A pasta sinalizou que não vai responder ao Ministério Público Federal de Marajó sobre as declarações e que somente se reportará à Procuradoria-Geral da República.
De acordo com reportagem do G1, o MPF quer saber “por que somente a ex-ministra tem acesso às informações divulgadas por ela, já que não há registro de informações sobre os crimes sexuais cometidos contra crianças mencionados por Damares no sistema do órgão”, diz trecho da reportagem.
O Grupo Prerrogativa pediu providências ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República sobre as declarações da ex-ministra. O pedido foi encaminhado à Justiça Federal do Pará pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski.
A senadora eleita não apresentou nenhuma prova sobre as denúncias que fez, em outubro deste ano, acerca do suposto tráfico de crianças, tortura e abuso infantil no Arquipélago do Marajó (PA). Como o prazo para que fossem apresentadas provas da denúncia venceu, ela poderá ser processada e responder judicialmente pelas declarações, diz o UOL.
ATÉ UM ANO DE PRISÃO
A senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro (PL), não apresentou nenhuma prova sobre as denúncias que fez, em outubro deste ano, acerca do suposto tráfico de crianças, tortura e abuso infantil no Arquipélago do Marajó (PA). Como o prazo para que fossem apresentadas provas da denúncia venceu, ela poderá ser processada e responder judicialmente pelas declarações, diz o UOL.
As afirmações de Damares foram feitas em meio à campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL), durante um culto evangélico realizado na igreja Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia. Poucos dias após ela fazer as supostas denúncias, Damares foi acusada formalmente no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de prevaricação, que prevê pena de 3 meses a 1 ano de reclusão. O ministro do STF Ricardo Lewandowski, porém, remeteu o pedido de investigação à Justiça do Pará.
“O Ministério Público Federal do Pará exigiu que a pasta comandada por ela informasse com detalhes todos os casos dessas denúncias recebidas, em trâmite ou não, nos últimos sete anos. Mas isso não foi feito”, ressalta a reportagem.
Após a repercussão do caso, a ex-ministra disse que as denúncias que fez eram baseadas em relatos “ouvidos nas ruas do Marajó, nas ruas da fronteira”.
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Brasil 247