Morador de rua encontra R$ 65 mil e entrega a banco de alimentos nos EUA

Publicado em 5 de dezembro de 2018

Kevin Booth, um morador de rua nos Estados Unidos, foi homenageado por sua honestidade e solidariedade ao entregar à polícia um saco com US$ 17 mil (mais de R$ 65 mil) que encontrou do lado de fora de um banco de alimentos.
Booth, de 32 anos, vive nas ruas de Sumner, em Washington, há mais de sete anos, e costuma ir com frequência ao local para receber comida. Os bancos de alimentos são locais que recebem doações e distribuem a pessoas que passam por necessidades.
À noite, quando está fechado, o estabelecimento deixa alguns itens em uma grande caixa de madeira do lado de fora, para que os moradores de rua possam recolher caso sintam fome e onde doares também depositam contribuições.
Foi perto dessa caixa que Booth diz ter visto um saco marrom de papel no chão, há três meses.
Pensando ser uma doação que tinha caído ou sido deixada fora do local correto, ele abriu e viu algumas cédulas. Ele conta que chegou a tirar uma nota de US$ 20 para observar direito e se certificar de que era verdadeira. Então entrou, chamou uma voluntária e mostrou sua descoberta. Ela decidiu chamar a polícia, para tentar descobrir a origem do dinheiro.
Câmeras de segurança foram checadas, mas não foi possível ver quem tinha deixado o pacote, apenas imagens de Booth o recolhendo e entrando no banco de alimentos em seguida.

Segundo Booth, até então ele nem fazia ideia do valor contido no pacote. “Fui parado mais tarde (por policiais) e eles me disseram o que estava lá e eu quase desmaiei”, disse ele ao jornal “The News Tribune”. “Eu nunca toquei tanto dinheiro e acho que nunca mais vou fazer isso”, afirmou.
Mas, mesmo sabendo que teve uma quantia tão grande em mãos, ele diz que não se arrepende de ter entregue tudo sem retirar nada para si. “Há muitas pessoas que teriam pegado”, disse, “mas eu não sou dessas pessoas”.
Imaginando que poderia ser uma doação ao banco, ele acreditou que o correto seria beneficiar o maior número de pessoas possíveis, em vez de apenas ele mesmo, acrescentou.
A polícia aguardou 90 dias, prazo legal para que alguém reclamasse o valor, mas ninguém se manifestou. O valor foi então entregue ao banco, que usará a maior parte para ampliar suas instalações.
Booth, porém, não ficou de mãos abanando. Ele recebeu cupons de presente comprados com parte da doação, e também uma homenagem da polícia. “Nem todo cidadão seria tão honesto quanto você nessa situação”, disse a ele o chefe de polícia Brad Moericke.
G1

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