Mulher finge ser cadeirante para ter benefício do INSS e é presa

Publicado em 4 de julho de 2016

Imagens divulgadas pela Polícia Federal (PF) mostram a mulher de 24 anos presa após fingir ser paraplégica para conseguir benefício da Previdência Social em Campo Grande. No vídeo, a jovem transita de cadeira de rodas na agência do INSS e, depois, se levanta após sair e chegar ao carro.
A suspeita deu entrada em um pedido de auxílio para pessoas incapacitadas para o trabalho. Para obter o benefício, a pessoa precisa ir pessoalmente ao INSS. Para convencer a Previdência Social de que era paraplégica, a mulher alugou a cadeira de rodas, deixou um cheque caução de R$ 1,9 mil na loja e foi direto para a perícia.
O que a mulher não sabia é que a Polícia Federal (PF) tinha recebido a denúncia da fraude e estava seguindo a suspeita. Nos dois dias em que foi monitorada pela PF, a jovem foi filmada trabalhando normalmente na loja da família e, na recepção da sala de perícias, flagrada saindo do elevador de cadeira de rodas.
“Constatamos ela trabalhando no comércio efetivamente, junto com o marido, sem demonstrar nenhum tipo de aparente limitação física que pudesse justificar o uso de cadeira de rodas”, afirmou o delegado da PF Antônio Carlos Knoll.
A investigação de Campo Grande foi a pedido do próprio INSS, que já tinha recebido um outro vídeo. A testemunha disse que ouviu a conversa entre a suspeita e a advogada, que estava ensinando a cliente a enganar a perícia.
Chefe de cadastro do INSS, Edna Nunes Gonçalves destacou que, se uma pessoa obtém um benefício de uma forma fraudulenta, o lesado é o trabalhador. “Está mexendo no bolso do trabalhador, que é aquele que trabalha, que contribui para o cofre da Previdência Social.”
Se não tivesse sido flagrada tentando enganar a Previdência, a mulher poderia receber um benefício de um salário mínimo por mês até o fim da vida. No fim das contas, R$ 880 foi o valor que ela teve que pagar de fiança para sair da cadeia. Agora, ela vai responder processo por estelionato previdenciário. A pena pode chegar a cinco anos de prisão.
A PF já identificou a advogada, que também vai ser investigada.

Prisão
A mulher de 24 anos foi presa em flagrante na sexta-feira (24). A ação contou com apoio da Polícia Federal e Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
A contribuinte se apresentou à perícia médica do INSS em cadeira de rodas, alegando ter uma doença incapacitante. Quando deixou a agência da Previdência Social, ela foi surpreendida pelos policiais federais da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários ao se aproximar do veículo e caminhar normalmente.
Nesse momento, ela recebeu voz de prisão e foi conduzida até a Superintendência Regional da Polícia Federal na capital sul-mato-grossense, onde foi autuada.
A ação foi resultado de uma denúncia anônima feita na gerência da agência da Previdência Social 26 de Agosto (APS), acompanhada de vídeo mostrando a dona de casa guardando a própria cadeira de rodas no porta-malas do carro.
G1

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