Negócios voltados para o público gay fazem sucesso e dinheiro

Publicado em 3 de junho de 2018

No Brasil, 9,5 milhões de pessoas se declaram LGBT. E, por trás dessa sigla, não estão somente lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e transexuais. Há também todo um mercado em potencial e que já movimenta R$ 150 milhões por ano. É o chamado “pink money” ou dinheiro rosa.
Depois de São Paulo, Belo Horizonte é a cidade que mais tem estabelecimentos voltados para este público. São 50 ao todo, mas ainda é pouco. Pensando nisso, a Gabriela Andrade decidiu apostar neste mercado e abriu um restaurante vegano voltado ao público LGBT. “Esse é um público que ainda não tem muito onde ir em Belo Horizonte, a cidade ainda é muito pequena quando a gente fala de restaurantes e bares inclusivos”, afirma a empresária.

A aposta de Gabriela vai de encontro com as expectativas do mercado gay. “Só 9% da população brasileira que reconhece marcas que são a favor da diversidade. Já 54% gostaria de que as marcas favoritas tivessem mais iniciativas. Então estamos falando de algo que ninguém ainda está olhando, por puro preconceito e ignorância”, explica a consultora de diversidade Anna Francis.

Preconceito, inclusive, foi outra razão que motivou a Gabriela na hora de empreender. “Sofri uma agressão há alguns anos na rua e eu acho que em Belo Horizonte faltam espaços que acolham a gente”, lembra. Para criar um desses espaços, Gabriela investiu R$ 11 mil no restaurante, inaugurado em 2014.

Em outro ponto de Belo Horizonte, o empresário João Augusto Costa também viu no público gay uma chance de fazer negócio. A decoração colorida, objetos retrô e banheiro sem distinção de gênero atraem os clientes – 70% deles são LGBT. “Falando de negócios, é um público que gasta uns 20% a 30% mais do que o esperado, em contrapartida você tem que trabalhar melhor também”, explica Costa.

O empresário investiu R$ 60 mil e, em quatro meses, já tinha recuperado o montante. O sucesso ficou por conta dos drinks servidos em grandes copos, carros-chefes do bar. “Eu vi que uma pequena seção do cardápio era responsável pela maioria do meu faturamento, então com três meses de empresa eu refiz o cardápio. E a seção que estava sustentando eram os drinks”. Hoje, são mais de 30 drinks servidos no local.

Em média, cada cliente gasta R$ 100 no bar e João fatura mensalmente R$ 70 mil. E eles costumam voltar sempre. “É um público que gosta bastante de curtir a vida. Então, se souber trabalhar bem dentro das expectativas, tem muito terreno pra ganhar dinheiro”.

A consultora Anna reforça a importância de contemplar todo o público LGBT na hora de abrir um negócio voltado para ele. “O marketing LGBT, apesar de ele se chamar LGBT, ainda é muito pouco voltado para as representatividades internas, então bissexuais e a sigla T: travestis, transgêneros e transsexuais não são contemplados. Muitas vezes o mercado é muito mais voltado para gays e lésbicas”.

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