O Brasil e sua falta de maturidade política

Publicado em 13 de março de 2017

O Brasil gigante em sua dimensão territorial é também grande em seus problemas sociais, econômicos e políticos. Acredito ser este último elemento a base que norteia e da sustentação aos demais, visto que, o país que tem um sistema político forte, por consequência tem os outros elementos aqui citados, também estáveis e equilibrados.

É preciso dizer que o nosso sistema político envelheceu, caducou, está arcaico. Nós ainda não temos uma democracia consolidada, não temos partidos políticos fortes, condições que nos colocam em uma fragilidade extrema em quanto sociedade e cidadãos. Em meio a essa engrenagem nos apresentamos como despolitizados e como seres que não gostamos de política e que não temos nada a ver com isso.

Certa vez o filósofo Platão disse que “não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, porque simplesmente eles serão governados pelos que gostam”. Isto está atualíssimo em nosso país, aqueles que gostam da política tem se dado muito bem com ela, a ponto de torná-la uma profissão, mas, é necessário dizer que isso só acontece porque não queremos nada com a política e que o político não é um ser de outro planeta, ele é nosso representante, saiu do nosso meio, a prática dele reflete as falhas e os problemas que existem na sociedade.

Fico abismado pelo atraso que temos no Brasil, quando se fala de política- e, aqui vale ressaltar que estamos todos no mesmo nível de discussão de Norte a Sul de Leste a Oeste-, com pequenos núcleos um pouco mais avançados que outros, existentes em todas as regiões brasileiras, no geral, estamos longe de alcançarmos o desenvolvimento que deveríamos ter.
É mesmo chocante termos de assistir brigas por paternidade de obras públicas, se é público foi feito com dinheiro de todos, é do povo e a ninguém pertence, leia-se (políticos de plantão).

A “briga” recente é a de quem fez a transposição do Rio São Francisco, um projeto secular que estava engavetado e que o ex-presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva, começou e sua sucessora Dilma Rousseff deu continuidade até ser apeada do poder, deixando os dois governantes petistas, 88% do redentor projeto do Nordeste brasileiro, pronto, restando ao atual presidente Michel Temer 12% até a entrega da obra. Claramente, nas ciências exatas quem realiza um percentual maior, fez mais, ou estou enganado, tendo de aprender a somar o que é mais e o que é menos?

É pertinente dizer que está mais do que claro quem executou a obra da integração das bacias hidrográficas. Agora, em meio a essa falta de maturidade política vale mesmo o discurso das conveniências, e os aplausos de uma massa inconsciente conduzida por meios que sabem claramente pra onde a conduz, historicamente tem sido para caminhos contrários a seus interesses, o povo permanece dormindo, servindo apenas como um produto valioso.

jNevesJosinaldo Neves

Jornalista

 

Banner Add

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Wordpress Social Share Plugin powered by Ultimatelysocial