O papel do desenvolvimento urbano sustentável na diminuição dos efeitos das mudanças climáticas

Publicado em 24 de abril de 2024

Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Reciclagem de Resíduos (Abrecon), em 2022, a construção civil produziu no país cerca de 120 milhões de toneladas de entulho. Desse número, 70% dos resíduos foram descartados de forma inadequada, afetando diretamente a poluição do ar e da terra. À medida que o desenvolvimento urbano avança sem integrar práticas sustentáveis, os efeitos das mudanças climáticas não só colocam em risco as populações humanas, mas também comprometem a estrutura de cidades, exigindo a implementação de medidas de adaptação para lidar com eventos extremos.
Para a geógrafa, especialista em gestão ambiental e fundadora da Singular Ambiental, Susi Uhren, o desenvolvimento urbano sustentável é imprescindível. Isso porque o avanço da urbanização, somado às mudanças climáticas, interfere diretamente no clima das metrópoles. Embora também haja influência do aquecimento global, a impermeabilização do solo e altas taxas de emissões atmosféricas são determinantes para a promoção de ilhas de calor.
Esse fenômeno ocorre, sobretudo, em regiões metropolitanas. A especialista explica que
“A urbanização pode alterar os padrões naturais de precipitação, resultando em maior escorrimento superficial, devido a impermeabilização do solo, e menor infiltração de água, isso pode levar a enchentes repentinas, erosão do solo, contaminação da água e destruição de habitats naturais, exacerbando os impactos das chuvas intensas e das tempestades”.
De modo geral, a urbanização desempenha um papel significativo na amplificação dos efeitos das mudanças climáticas, criando condições que intensificam os efeitos negativos sobre o meio ambiente e sobre as próprias comunidades urbanas. De acordo com dados divulgados pela ONU, os espaços urbanos aglomeram cerca de 70% das emissões globais de dióxido de carbono e aproximadamente dois terços do consumo de energia. O dado chama atenção para a necessidade de cidades mais verdes e que utilizem, por exemplo, energia renovável, programas de gerenciamento de resíduos, reutilização da água e controle de poluentes.
Ao implementar essas e outras práticas sustentáveis por meio de adaptações na infraestrutura, os municípios podem apresentar uma redução de cerca de 30% no consumo de energia e emissões de carbono. Essas ações contribuem no combate das mudanças climáticas, problema discutido mundialmente, e por consequência, na melhoria da qualidade de vida, o que reforça ainda mais a busca de empresas de construção civil por uma produção sustentável. A preservação de áreas verdes e a proteção de recursos hídricos são exemplos para possíveis reduções.
Susi também aponta algumas adaptações em áreas urbanas que podem ser feitas a fim de minimizar os efeitos da emissão de carbono na urbanização, diminuir as temperaturas locais e melhorar a qualidade do ar:

● Investir em telhados, paredes verdes e pavimentação permeável para a absorção da água da chuva, reduzir inundações e fornecer isolamento térmico;
● Desenvolver sistemas de drenagem que possam lidar com as chuvas intensas e evitar inundações;
● Implementar programas de reciclagem eficazes e reduzir o desperdício capazes diminuir a produção de resíduos e reduzir a necessidade por recursos naturais;
● Criação de praças, jardins e áreas verdes;

Serviço: singularambiental.com.br
Para maiores informações:
Mengucci Imprensa e Mídia
Eneida, Guilherme e Erick
(11) 91356-4848 | mengucci.imprensa@gmail.com

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