Oposição da Venezuela diz ter como provar vitória de Edmundo González na eleição

Publicado em 30 de julho de 2024

María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, afirmou nesta segunda-feira (29) que o grupo já pode garantir a vitória do seu candidato, Edmundo González, sobre o presidente Nicolás Maduro na eleição realizada no domingo (28).
“Temos 73,20% das atas e, com este resultado, o nosso presidente eleito é Edmundo González Urrutia”, disse María Corina, segundo a agência Associated Press.
María Corina disse que, com base nas atas de votação que a oposição já tem, González teve 6,27 milhões de votos, contra 2,75 milhões de Maduro.
“Com as atas que nos faltam, mesmo que o Conselho Nacional Eleitoral tenha dado 100% dos votos a Maduro, eles não são suficientes”, declarou.
González, por sua vez, pediu “calma e firmeza” na contestação do resultado e considerou irresponsável que a autoridade eleitoral venezuelana tenha feito um “anúncio prematuro de resultados sem ter sido auditado”.
A oposição também pretende realizar na terça-feira (30) uma manifestação em apoio a González, em frente ao prédio da representação da Organização das Nações Unidas (ONU) na Venezuela.
Após o pronunciamento da oposição, Maduro comentou os protestos que aconteceram no país por conta de sua proclamação como vencedor e disse que seu governo “sabe enfrentar esta situação e derrotar aqueles que são violentos”.

Entenda o que acontece na Venezuela:
• O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou no domingo, com apenas 80% das urnas apuradas, que Maduro venceu a eleição com 51% dos votos
• A oposição, representada na disputa por Edmundo González, contestou os números
• O resultado também foi questionado por autoridades de ao menos 15 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Argentina, Uruguai, Equador, Peru e Colômbia, além da União Europeia
• Por outro lado, Rússia, China, Cuba, Honduras, Bolívia, Irã e Catar parabenizaram Maduro pela vitória.

• Depois que o CNE proclamou Maduro como vencedor da eleição, eleitores realizaram panelaços e manifestações na capital Caracas
María Corina, que foi impedida de concorrer, alega que a oposição venceu em todos os Estados. Ela é investigada pelo Ministério Público da Venezuela de tentar fraudar o sistema eleitoral e adulterar atas da eleição, que funcionam como boletins de urna.
Tarek William Saab, chefe do Ministério Público venezuelano e ligado ao chavismo, ligou María Corina a uma suposta tentativa de ataque hacker que se originou na Macedônia do Norte e teve como objetivo atingir o sistema responsável pela eleição.
A oposição acusa o governo de fraude e não reconhece a decisão do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) de declarar Maduro como vencedor das eleições.

Foto: Maxwell Briceno/Reuters
G1

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