Os riscos de emprestar o nome para amigos e familiares

Publicado em 22 de janeiro de 2020

Ajudar familiares e amigos que enfrentam momentos de dificuldade financeira é sempre um desafio. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 24% dos casos de inadimplência no País acontecem por meio do empréstimo de nome a terceiros.

Este levantamento revela que 51% das pessoas que emprestaram o nome a terceiros, o fizeram com a intenção de ajudar quem estava enfrentando algum tipo de necessidade financeira. Já 16% dos entrevistados para a pesquisa disseram ter vergonha de dizer “não” a quem pediu. Contudo, apesar da boa ação, há muitos endividados por compras e empréstimos que não fizeram e precisam pagar pelo consumo alheio.

Além disso, uma atualização da pesquisa CNDL e SPC Brasil feita em todas as capitais do País, publicada em outubro de 2019, revelou que 36% dos brasileiros fizeram compras com nomes de terceiros. Contudo, a recíproca não é verdadeira: quase metade das pessoas que já pediram o nome de algum familiar ou amigo emprestado (49%) afirmam que não emprestariam o próprio nome caso alguém fizesse o mesmo pedido.

Nome não se empresta, nem cartão

A forma mais frequente de empréstimo a terceiros é por meio do cartão de crédito, representando um total de 74% deste cenário. Na sequência, aparecem as opções de crediário (13%), financiamento (10%) e empréstimos bancários (9%). O risco, em todos os casos, é o não pagamento da dívida por quem solicitou o empréstimo e, possivelmente, o abalo da amizade e companheirismo. Contudo, no caso do cartão, as taxas de juros são de 307,6% ao ano, o que compromete a vida financeira de quem decidiu ajudar quem pediu apoio.

Entre as principais dicas para quem recebeu um pedido para emprestar o nome para algum familiar ou amigo, o mais indicado é explicar que, apesar de entender a situação, não gostaria que a amizade fosse comprometida por uma possível dívida futura. Basicamente a regra é simples: se a pessoa esgotou todas as demais possibilidades de crédito, isso significa que ela não pode arcar com uma próxima dívida.

Portanto, fica o alerta: o nome, assim como o uso do cartão, é pessoal e intransferível. Evite arriscar todo seu planejamento financeiro em favor de quem não teve organização em seus próprios hábitos de consumo.

Banner Add

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial