Países da América do Sul pedem ajuda ao Brasil para resgatar cidadãos em Israel

Publicado em 17 de outubro de 2023

De acordo com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, prioridade absoluta é repatriar os brasileiros e, posteriormente, o Brasil pode apoiar outros países. Até o momento, Chile, Paraguai, Argentina, Colômbia e Uruguai formalizaram pedido de auxílio.
Depois da reunião com Lula, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou que mais países da América do Sul pediram ajuda ao Brasil para resgatar pessoas da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Chile e Paraguai já tinham pedido esse auxílio ao governo brasileiro, mas Argentina, Colômbia e Uruguai também formalizaram o pedido. Padilha disse que a prioridade absoluta é repatriar os brasileiros e que, depois, o Brasil pode apoiar outros países. O ministro frisou que, dos países que já pediram ajuda, o Chile já conseguiu encontrar uma forma de socorrer os cidadãos.
“Alguns países da América do Sul solicitaram apoio. Nossa concentração absoluta agora é, naturalmente, repatriar os brasileiros e brasileiras. Posteriormente, o governo pode apoiar, de forma cooperativa, outros países. Nós estamos ajudando, mas uso do avião está à disposição de repatriar os brasileiros. Essa é a prioridade absoluta, já que vários aviões vão continuar até que o último brasileiro possa retornar. Alguns países vizinhos, como Paraguai e o próprio Chile pediram, mas esse já está resolvendo de outra forma”, detalhou.
Nesta segunda-feira (16), Lula se reuniu com o ministro Mauro Vieira pela primeira vez desde que o conflito israelense começou. No encontro, o presidente foi informado do balanço das ações humanitárias e reiterou que o trabalho do governo brasileiro continua sendo para encontrar uma forma de cessar-fogo, salvar vidas, repatriar os brasileiros e continuar com o apelo de liberação de reféns na Faixa de Gaza.
Também está prevista a reunião do Conselho de Segurança da ONU, temporariamente presidido pelo Brasil. O governo brasileiro trabalha para aprovar uma resolução que condena os ataques terroristas do Hamas e pede um “cessar-fogo” e abertura de um corredor humanitário na região. A busca por um consenso não é fácil, já que, após duas reuniões do colegiado, não houve acordo. De um lado, os Estados Unidos e a Europa querem texto que condene o Hamas. Do outro, Rússia e China querem classificação de “classificação excessiva” de Israel.
O texto que está sendo elaborado pelo Brasil deve condenar os ataques do Hamas e fazer apelos ao governo de Israel. Não só por um cessar-fogo temporário, para que entrem água, alimentos e combustível no país, como para abrir um corredor humanitário e tirar civis de lá, como crianças, mulheres e idosos. Há um temor também do lado do Egito, por onde sairiam essas pessoas, que o país seja tomado por refugiados palestinos, sem qualquer crivo.
Para aprovar uma resolução na ONU hoje, o Brasil precisa do apoio de 9 dos 15 membros e que nenhum que tenha assento permanente vete a proposta: entre eles, Estados Unidos e Rússia.

Foto: SAID KHATIB / AFP
CBN

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