Pandemia reduz poder de compra do vale alimentação

Nos últimos dois anos, o vale alimentação perdeu seu valor de mercado. Isso significa que se tornou obsoleto? De forma alguma. Este benefício continua sendo importantíssimo, especialmente entre as famílias brasileiras. A questão é que a crise econômica provocada pela pandemia também prejudicou o fornecimento deste benefício.

Conforme estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), entre abril de 2019 e março de 2020 a recarga do benefício da alimentação correspondia a 87,7% da cesta básica. Entre os meses de abril de 2020 a março de 2021, esse percentual caiu para 81,8%.

Entre os principais motivos disso estão a instabilidade econômica provocada pela pandemia que aumentou os índices de desemprego, queda no faturamento ou falência de empresas. Além disso, neste período o preço dos alimentos subiram consideravelmente, o que fez com que o benefício perdesse valor.

Por outro lado, já neste ano a economia parece mostrar ligeira recuperação neste aspecto: em janeiro e maio deste ano, respectivamente, os percentuais registrados foram de 71% e 76%. Essa recuperação acontece em meio a um processo de vacinação gradual da população que está vigente no Brasil.

INFLAÇÃO IMPACTA CONSUMO DOS BRASILEIROS

Um recente estudo da Exame revelou, no mês de maio deste ano, um crescimento de 0,83% na inflação dos produtos alimentícios, sendo este o maior aumento mensal registrado em 25 anos.

O principal impacto diz respeito a perda do poder de compra da população. Com a alta dos preços e a rentabilidade estática do trabalhador, a tendência é que o consumo fique cada vez mais limitado, seja pagando no dinheiro ou usando os benefícios corporativos. Se as pessoas param de comprar, logo a economia sofre.

A pesquisa tem como base uma amostragem feita por meio de entrevistas realizadas com 1.248 pessoas entre os dias 28 de junho e 1° de julho.

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