Pastor que tinha duas mulheres é denunciado por matar e ocultar corpo de pastora

Publicado em 10 de fevereiro de 2018

O Ministério Público de Goiás denunciou, nessa sexta-feira (9/2), o pastor Alexandre de Souza e Silva. Ele é acusado de matar a pastora Ailsa Regina Navarro Gonzaga Ferreira em 8 de novembro do ano passado, na zona rural de Aragoiânia.
Na peça acusatória, o promotor Marcelo Franco de Assis Costa classifica a conduta como homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, por ter sido cometido com recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por feminicídio – crime contra mulher caracterizado por razões da condição do sexo feminino. Alexandre de Souza também foi denunciado por ocultação de cadáver.
O Ministério Público aponta que, segundo foi apurado no inquérito policial, o acusado e a vítima mantiveram um relacionamento amoroso por mais de um ano. Durante esse período, a convivência foi conturbada em razão de Alexandre ter uma outra mulher em Brasília. Constatou-se também que o denunciado era foragido da Justiça e Ailsa, ciente desse fato, decidiu romper a relação. O denunciado, contudo, recusou-se a manter-se distante da vítima.
Assim, detalha a peça acusatória, no dia do crime, Ailsa foi convencida a sair com o denunciado para alugar um barracão. No caminho, porém, foi atraída por ele, de forma dissimulada, até o Recanto Cachoeirinha, zona rural de Aragoiânia, onde foi levada a uma trilha numa mata e esfaqueada. Na sequência, Alexandre ocultou o corpo de Ailsa, cobrindo-o com folhas, jogou a faca utilizada no crime em um rio, caminhou até a GO-040 e fugiu do local.
Em relação às circunstâncias do homicídio, o promotor ressalta que as condições em que foi praticado “mostram o desprezo do denunciado pela condição do sexo feminino, inclusive a violência em contexto amoroso familiar”. Além disso, argumenta, a razão alegada para o crime comprova o motivo torpe, bem como a forma empregada demostra a dissimulação e a impossibilidade de defesa da vítima. Ao ser preso, Alexandre de Souza confessou o crime. Ele continua detido.
(Com informações do MPGO)

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