PF quer incluir Malafaia na investigação sobre golpe. Pastor diz que se for preso divulgará vídeos comprometedores

Publicado em 30 de março de 2024

A Polícia Federal (PF) está considerando incluir o pastor-empresário Silas Malafaia, organizador do recente ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, no rol de investigados no âmbito do inquérito que apura uma trama golpista envolvendo Jair Bolsonaro (PL), membros de seu governo e militares.
“Na avaliação de policiais federais, o pastor pode ser investigado por tentar embaraçar o inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado”, diz a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo.
Segundo a análise dos investigadores, o pastor teria disseminado informações falsas com o intuito de influenciar parte da população contra a investigação de uma “organização criminosa” que teria planejado um golpe de Estado. Os policiais federais também afirmam que Malafaia teria estimulado os presentes no evento a se posicionarem contra membros do Poder Judiciário, utilizando premissas falsas.
Em seu discurso, o pastor acusou a Justiça Eleitoral de tratamento diferenciado entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2022, além de questionar a imparcialidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, presidente da Suprema Corte.

VÍDEOS COMPROMETEDORES
O pastor-empresário Silas Malafaia fez novas ameaças ao Poder Judiciário, ao dizer que ele e Jair Bolsonaro (PL) têm “vídeos-bomba” gravados, para serem divulgados caso sejam presos.
“Os caras vão ver o problema que eles vão arrumar. Não tenho medo de ser preso. Até Bolsonaro tem vídeo gravado. Se for preso, vai ser solto”, disse o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
A Polícia Federal investiga um plano golpista feito no governo Bolsonaro. Em fevereiro, a corporação iniciou a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”), com o objetivo de ter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema.
A tentativa de ruptura institucional previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Bolsonaro está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter questionado, sem provas, a segurança do sistema eleitoral brasileiro contra fraudes.

Foto: Reprodução
Brasil 247

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