Plano de bolsonaristas era explodir área de embarque do Aeroporto de Brasília

Publicado em 22 de janeiro de 2023

Um dos suspeitos de envolvimento no plano de um atentado a bomba perto do aeroporto de Brasília deu detalhes à Polícia Civil do Distrito Federal sobre o que aconteceu naquela véspera de Natal. Alan Diego dos Santos foi preso essa semana em Mato Grosso.
No depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, obtido com exclusividade pelo Jornal Nacional, Alan dos Santos detalha o plano terrorista executado no dia 24 de dezembro nas imediações do aeroporto de Brasília. A ideia inicial do grupo era explodir a área de embarque do aeroporto de Brasília.
Alan Diego dos Santos também disse, em depoimento, que recebeu a orientação de George Washington, que está preso, para colocar o artefato dentro do aeroporto, na área de embarque, mas que preferiu não fazer, e disse que não achou correto colocar o artefato dentro do aeroporto e então mudou de plano. E entre 3 e 4 horas da madrugada, passou lentamente perto do caminhão-tanque que estava estacionado na via e colocou a caixa no paralama traseiro do caminhão.
Ele afirmou que desde que chegou ao acampamento montado em frente ao QG do Exército em Brasília, sempre ouvia conversas de explosões pelos manifestantes e que a ação seria uma solução para uma possível intervenção militar.
Ele disse que se arrependeu, e telefonou para a polícia, no número 190, mas a atendente não acreditou na história.
Ele poderia simplesmente voltar ao local e retirar o explosivo, mas contou que ligou para os bombeiros, que disseram ser uma tarefa da PM.
Quem avisou a polícia foi o próprio caminhoneiro, ao ver a caixa com objeto estranho no pneu do veículo.
Já o outro envolvido, o bolsonarista George Washington disse em depoimento que o plano original era instalar o explosivo em uma subestação elétrica, na cidade de Taguatinga, no Distrito Federal. Mas que o plano não deu certo porque o carro que levaria o artefato até o local não apareceu.
O terceiro que estava com Alan dos Santos no carro, Wellington Macedo de Sousa, que trabalhou no Ministério da Mulher no governo Jair Bolsonaro, continua foragido.

Brasil 247

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