Prefeito anuncia reajuste de 8% para os professores em Campina Grande, mas o projeto ainda não chegou na Câmara Municipal
Publicado em 28 de janeiro de 2024Até a tarde deste domingo (28) o projeto anunciado pelo prefeito Bruno Cunha Lima na última terça-feira (23) concedendo reajuste de 8% para os professores da rede municipal de ensino, não havia chegado na Câmara de Vereadores, para votação. Entretanto, nas redes sociais e através de seus aliados, o prefeito tem divulgado com ênfase o reajuste salarial da categoria, faltando apenas a aprovação da Câmara para entrar em vigor, inclusive com valor retroativo a janeiro.
Conforme mostra o Sistema de Apoio ao Processo Legislativo da Câmara de Vereadores campinense o último projeto registrado é de número 454/2023, que inclui o Art. 42-A na Lei número 8.672/2023, que dispõe sobre as diretrizes orçamentárias do município de Campina Grande e dá outras providências. Este projeto é justamente sobre o veto do prefeito as emendas impositivas e está trancando a pauta da Casa.
O líder da oposição na Câmara, vereador Pimentel Filho, já expressou sua preocupação quanto ao projeto de reajuste salarial dos professores e questionou sua ausência na Casa, afirmando que por enquanto, “o que existe é apenas propaganda por parte do prefeito. Projeto que é bom, não chegou”.
Além de não ter chegado para votação, Pimentel destaca que a apreciação da matéria ainda está condicionada ao destravamento da pauta, que foi bloqueada após o veto da emenda à Lei Orçamentária Anual (LDO).
“Nós estamos analisando que não é o momento para reajuste. Dos 15% que ele (o prefeito) devia, ele tá devendo 9%. Com esses 8%, ainda fica devendo 1% do ano passado e nós só podemos votar quando destravar a votação da emenda”, afirmou o parlamentar.
A Prefeitura Municipal continua informando que o projeto de lei foi enviado na última terça-feira, 23, e propõe um reajuste no Piso do Magistério Municipal. Para a PMCG, este reajuste ultrapassa mais que o dobro do valor sugerido para este ano pelo Ministério da Educação.
Por Apolinário Pimentel