Presidente do TSE, Barroso diz que teste de segurança nas urnas não mostrou risco à eleição

Publicado em 30 de novembro de 2021

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta segunda-feira (29) o resultado dos testes de segurança feitos no sistema de urna eletrônica para as eleições de 2022.
Os testes foram realizados durante seis dias e envolveram o trabalho de diversos especialistas em tecnologia da informação, que tentaram acessar o sistema das urnas, a fim de identificar possíveis falhas de segurança.
De acordo com o tribunal, foram encontradas cinco falhas – que deverão ser corrigidas até o dia do pleito, e que não são capazes de influenciar o resultado da eleição.
“Nenhum dos ataques conseguiu ser bem sucedido relativamente ao software da urna. […] Ninguém conseguiu invadir o sistema e oferecer risco para o resultado das eleições”, informou o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.
Ao todo, 26 investigadoras e investigadores inscritos colocaram em prática 29 planos de ataques ao sistema. Destes, 24 não conseguiram ultrapassar nenhuma barreira de segurança.
Previsto inicialmente para terminar na sexta-feira (26), o teste se estendeu até o sábado a pedido do grupo de investigadores da Polícia Federal. Pela primeira vez, a prorrogação foi prevista no edital, totalizando 6 dias de testes.
Ainda segundo Barroso, o ataque que produziu maior preocupação foi o da Polícia Federal. Mesmo nesse caso, não houve risco de que algum voto fosse alterado.
“Eles conseguiram entrar dentro da rede do TSE, mas não conseguem chegar no sistema de votação. Ou seja, é um ataque importante que temos que encontrar mecanismos de bloquear, mas não é grave porque só consideramos grave o que tem a potencialidade de alterar o voto do eleitor. E nenhum teve essa potencialidade”, ressalvou.

Sistema aprimorado
Segundo o coordenador de Sistemas Eleitorais do TSE, José Melo Cruz, os resultados foram importantes para aprimorar o sistema.
“Nós temos que trabalhar e aperfeiçoar os sistemas. E os testes servem para que possamos aprender com esses ataques de pessoas e grupos externos”, disse.
Agora, uma comissão avaliadora deve fazer um relatório para indicar quais foram esses achados e qual a relevância de cada um deles. Compõem o grupo representantes de instituições públicas, de segurança nacional, da área científica e da sociedade civil.
G1

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