Pretos e pardos são 63% da Paraíba, e são 67% dos que vivem sem esgoto adequado

Publicado em 26 de fevereiro de 2024

A Paraíba tinha, em 2022, 1,4 milhão de pessoas vivendo em lares sem descarte adequado de esgoto, conforme apontou dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (23).
Esse número equivale a 35% da população paraibana. Entre os pretos e pardos – grupos que compõem pouco mais da metade da população brasileira – o percentual sobe para 67%. Veja:
• Pardos são 55,5% da população paraibana, e 59,8% dos sem esgoto adequado
• Brancos são 35,7% da população brasileira, e 31,1% dos sem esgoto adequado
• Pretos são 7,9% da população brasileira, e 7,9% dos sem esgoto adequado
São considerados descarte adequado o esgoto que via para as redes públicas de coleta (geral ou pluvial) ou para fossas sépticas ou com filtro, ainda que depois de passar por esses equipamentos não sejam destinados para essas redes.
As outras formas – uso de fossa rudimentar ou buraco, descarte direto em rios ou no mar, por exemplo, são consideradas inadequadas pelo Plano Nacional de Saneamento Básico.

Ligação à rede de esgoto
Mais da metade dos domicílios da Paraíba também não está conectada à rede de esgoto. Além disso, 102 cidades paraibanas têm mais da metade da sua população sem esgotamento sanitário. Entre as cidades que ainda precisam ampliar a assistência de saneamento básico estão Bayeux, Mamanguape, Santa Rita e Conde.
A cidade de João Pessoa apresenta mais de 88 mil moradores sem esgoto, uma proporção de 11% em relação à população geral. Desse total, 13.785 são crianças. Além disso, mais de 70 mil têm fossa rudimentar ou um simples buraco.
Em Campina Grande, a proporção é um pouco menor, de 8%. São 35.408 moradores sem esgoto e 19.077 com fossa rudimentar ou buraco.

Foto: Walter Paparazzo/G1
G1 PB

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