Principal insumo para a produção da vacina da Universidade de Oxford vem da China

Publicado em 2 de janeiro de 2021

O principal insumo para a produção da vacina da empresa Astrazeneca, produzida no Brasil em parceria com a Universidade de Oxford e a Fundação Oswaldo Cruz (Fioruz), é fabricado na China.
A informação foi publicada pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo ela, 15 milhões de doses do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) virão da China para o Brasil em dezembro, para a fabricação das primeiras doses da vacina desenvolvida por Oxford no Instituto Bio-Manguinhos, ligado à Fiocruz.
A informação foi confirmada pelo infectologista e pesquisador da Fiocruz, Júlio Croda, durante entrevista à GloboNews.
“Ela tem componente chinês como qualquer produto, né? As máscaras que a gente usa, respiradores que foram importados, a maioria dos produtos médicos hoje são da China. Então é normal que a maioria das vacinas possua algum componente chinês. A gente não pode ser xenofóbico de discriminar um produto pela sua origem. A gente tem que avaliar os estudos e a Anvisa avaliar realmente esses resultados independente da origem do país e identificar se são resultados que comprovem a segurança é a eficácia da vacina”.
O IFA é o princípio ativo da vacina – a vacina concentrada. O fármaco de Oxford está na fase três, com testes em voluntários.
A Astrazeneca já recebeu quase R$ 2 bilhões em investimentos do governo federal.
A vacina Coronavac, produzida pela farmacêutica Sinovac, está na mesma fase do imunizante produzido pela Astrazeneca.
O Butantan produzirá as vacinas nacionalmente, com insumos importados da China, depois da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Compra cancelada
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a anunciar a intenção e compra da Coronavac, mas em seguida o presidente Jair Bolsonaro disse que não compraria a vacina da China e mandou cancelar o acordo.
“Já mandei cancelar, o presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós. Não sei se o que está envolvido nisso tudo é o preço vultoso que vai se pagar por essa vacina sobre a China”.
Na quinta-feira (22), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou ao Jornal Folha de S. Paulo na internet que a Anvisa está demorando para autorizar a importação da matéria-prima da farmacêutica Sinovac para produção da vacina Coronavac no Brasil.
Em entrevista à TV Globo, Dimas Covas disse que espera que a agência agilize a autorização.
G1

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