Projeto da Paraíba é considerado o 2º melhor do país no Desafio SENAI de Projetos Integradores

Criatividade, inovação, proatividade e empreendedorismo são características cada vez mais perseguidas pelas empresas, quando o assunto é ampliar o quadro funcional. E, promover essas competências transversais tem sido um dos grandes desafios do SENAI.
Ao considerar todas essas questões, o SENAI realizou este ano, uma grande inovação em seu modelo educacional através do “DESAFIO SENAI de Projetos Integradores. Trata-se de uma iniciativa que envolve centenas de professores e alunos de todos os Estados, trabalhando na resolução de desafios reais da indústria brasileira e, ao mesmo tempo, desenvolvendo competências de inovação e empreendedorismo. Foram cerca de 2.800 alunos de cursos técnicos interagindo numa plataforma online de inovação aberta.
O SENAI-PB ao aderir a proposta, instigou a participação no “Desafio SENAI” de cerca 60 projetos de 745 alunos de 09 cursos técnicos ministrados em 05 unidades operacionais do estado. Desse total vários desafios estiveram relacionados à transformação de resíduos industriais em aplicações que produzam valor à sociedade, a exemplo daqueles voltados à ampliação do uso de energia renovável em residências ou em empresas, à mobilidade urbana com tecnologias e sistemas de informação e comunicação eficientes, e à otimização do uso da água nos processos de fabricação, com soluções econômicas.
A equipe da Paraíba figurou em 2º lugar na categoria de melhor projeto integrador do Brasil – reuso de água”, com o projeto da Unidade Móvel de Purificação de Águas Negras, desenvolvido pelos alunos do Curso Técnico de Edificações e Técnico em Energias Renováveis, do Centro de Inovação e Tecnologia Industrial CITI.
De acordo com os autores do projeto, Ítalo Luan, Jefferson Júnior e Isaias Amorim, a ideia do projeto surgiu pelo fato da construção civil ser uma grande consumidora de água potável hoje em dia em seus processos, com esse projeto pode-se dar uma melhorada nessa situação, tratando mananciais já poluídos e reutilizando essa água na construção civil.
Para a Instrutora Shirley Eloy, uma das orientadoras do projeto com 10 anos de atuação na área, a ideia foi trabalhada em várias etapas que envolveu planejamento, avaliação do impacto do projeto para o segmento industrial da contrução civil e para o meio ambiente, até recursos financeiros e possíveis parceiros. “Passamos aproximadamente 5 meses nos reunindo e discutindo sobre as variadas ideias, tanto eu como o professor ThiagoLira”.
Como resultado da operacionalização das ações, o SENAI-PB obteve 20 projetos pré-qualificados para a etapa estadual, 04 projetos qualificados para a etapa nacional e 01 projeto premiado como o segundo melhor do país – Caminhão Purificador de Águas “Negras”, cujo ato de entrega da premiação aconteceu dia15 deste mês, em Brasília, (foto). “A capacidade inovadora, é hoje, o grande diferencial competitivo no mundo profissional. É muito interessante ver os nossos jovens discutindo e encontrando soluções para esses problemas que acompanham nosso cotidiano, tanto na condição de cidadãos, quanto na condição de empresários”, reafirma a Diretora de Operações do SENAI-PB, Patrícia Ventura.
O Projeto – A proposta do projeto é, basicamente, desenvolver “caminhão decantador purificador de água” para ser utilizado na construção civil, para a fabricação de concreto e argamassa, uma vez que, para esse processo industrial não é necessário uma água totalmente potável. O caminhão é uma bomba de sucção que retiraria a água de tanques de tratamento da cidade, a mesma poderá ser com dejetos sólidos, pois terá um sistema de peneiramento no mesmo e essa água seguirá para um decantador que fará um processo nessa água e enviará para o purificador químico, que por sua vez irá para um reservatório. O caminhão transportará essa água para um canteiro de obras para o reúso, que será colocada para fora por uma bomba de extrusão.
O “DESAFIO SENAI de Projetos Integradores” considera também o papel do SENAI na geração de conhecimento, tecnologia e inovação para a indústria. Contexto que fortalece a construção de práticas como estas, com base no que tem se aprendido de forma mediada, para uma dimensão voltada à realidade.