Romero Rodrigues e Cícero Lucena são citados em lista de doações da Odebrecht

Publicado em 24 de março de 2016

Documentos apreendidos pela Polícia Federal listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos, dentre eles paraibanos. É o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela descoberta e revelada nessa terça-feira (22) pela força-tarefa da Operação Lava Jato.
Nas planilhas aparecem os nomes de Cícero Lucena, seguido das iniciais ‘JPE’, o que sugere o nome da cidade de João Pessoa, e Romero, seguido das iniciais ‘CGN’, que remete à cidade de Campina Grande. Aparecem também o senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, e o deputado Aguinaldo Ribeiro, líder do PP na Câmara.
As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como “BJ”. Foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22.fev.2016.
Como eram de uma operação de 1 mês atrás e só foram divulgados públicos ontem (22.mar) pelo juiz federal Sérgio Moro, os documentos acabaram não sendo mencionados no noticiário sobre a Lava Jato.
As planilhas são riquíssimas em detalhes –embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.
Os documentos relacionam nomes da oposição e do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR),Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
A apuração é dos repórteres do UOL André Shalders e Mateus Netzel.
MaisPB e Uol

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