Sentença para ex-policial que matou George Floyd será divulgada em junho; pena pode chegar a 40 anos de prisão

Publicado em 25 de abril de 2021

O ex-policial Derek Chauvin, condenado nos Estados Unidos na terça-feira pelo assassinato de George Floyd, conhecerá sua pena na tarde de 16 de junho, informou um documento do tribunal distrital de Mineápolis divulgado nesta sexta-feira (23).

O ex-policial foi considerado culpado em todas as três acusações de homicídio contra o ex-segurança negro:
1. causar a morte, sem intenção, por meio de um ato perigoso, sem consideração pela vida humana
2. negligência ao assumir o risco consciente de causar a morte de Floyd
3. homicídio culposo

Pelas regras estaduais de Minnesota, Chauvin só poderá cumprir a pena de uma das três acusações ao qual foi declarado culpado. A pena máxima, portanto, é de 40 anos. Porém, como o ex-policial não tem antecedentes criminais, ele pode pegar apenas 12 anos e meio de prisão.
Assim, promotores tentam garantir que Chauvin passará mais tempo na cadeia devido a agravantes no crime: um deles, o fato de o ex-policial agredir Floyd quando ele já estava em situação vulnerável. O fato de o ex-policial estar em serviço poderia também agravar a pena, assim como o fato de o crime ter sido testemunhado por crianças.

Morte de George Floyd
Em 25 de maio de 2020, Derek Chauvin foi filmado ajoelhado por mais de nove minutos no pescoço de George Floyd, apesar do homem de 46 anos, algemado ao chão, implorar “Por favor, não consigo respirar.”
As imagens, feitas por transeuntes testemunhas da prisão de Floyd, acusado de comprar cigarros com uma nota falsa de US$ 20, foram vistas por milhões de pessoas dentro e fora do país.
Enquanto o julgamento de Chauvin se desenrolava em Minneapolis, a cidade ficou chocada com a morte a tiro de outro afro-americano, Daunte Wright, de 20 anos, vítima de disparos efetuados por uma policial branca durante um controle de trânsito.
Na quarta-feira, o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, anunciou uma investigação civil para determinar se o Departamento de Polícia de Mineápolis usa consistentemente força excessiva e se envolve “em um padrão ou prática de vigilância inconstitucional ou ilegal”, incluindo durante protestos legais.
G1

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