Torcida dá certo, e Brasil fica com a prata na ginástica artística por equipe

A equipe brasileira de ginástica masculina precisou ter paciência antes de subir ao pódio. Foram cinco horas de espera desde que terminaram de competir, neste sábado, até o momento que confirmaram a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Após competirem no grupo da tarde, o time de Arthur Zanetti e Cia terminou atrás dos Estados Unidos. E assim foi até o final da disputa. Da arquibancada do ginásio, os atletas e comissão técnica acompanhavam prova a prova até terem a certeza nas mãos. Ouro por equipes, os americanos vieram com sua equipe masculina principal para a disputa do Canadá. O bronze foi da Colômbia.
– Acho que é um bom resultado. A equipe toda entrou dentro da área de competição bem e conseguiu fazer seu máximo. Como era um pouco esperado, já que os Estados Unidos estão com a equipe principal. Mas a gente está chegando e com certeza vamos melhorar mais ainda no Mundial – disse Arthur Zanetti.
A maneira pouco convencional de comemorar o resultado aconteceu por conta da divisão da prova. O Brasil fez parte das cinco primeiras equipes, que competiram no período da tarde. Comandados por Arthur Zanetti, os brasileiros tiveram o segundo melhor desempenho, com 264.050 – os Estados Unidos fizeram 267.750.
Com a posição privilegiada, os brasileiros voltaram para o Coliseu no período da noite para ver as apresentações de México, Cuba, Venezuela, Argentina e Chile. Além de torcer, os brasileiros ainda arriscaram uma “Ola” na arquibancada. Nenhuma das cinco últimas seleções conseguiu superar o Brasil, que pôde comemorar, mesmo da arquibancada, a prata no primeiro dia da disputa da ginástica artística.

BRASILEIROS CLASSIFICADOS
Além da definição da classificação por equipes, a segunda parte da ginástica artística serviu para definir os atletas classificados para as competições individuais. Para a disputa geral, os 24 melhores das provas por equipes – sendo um limite de dois por país – se classificam. Após todas as apresentações, Caio Souza, que terminou em quinto, e Lucas Bitencourt, em sétimo, garantiram a possibilidade de disputar o individual geral.
Já para as finais por aparelhos, somente os oito melhores de cada modalidade garantiriam a vaga. O Brasil terá representantes em todos os aparelhos. Apenas no solo e nas argolas o país terá um único representante. No solo, Arthur Mariano ficou em nono lugar, mas como só se classificam dois por países e três americanos ficaram entre os oito primeiros, o brasileiro herdou a vaga. Nas argolas, Arthur Zanetti teve o melhor desempenho e avança como favorito.
No cavalo com alças, os classificados do Brasil foram Lucas Bitencourt e Francisco Júnior. No salto, Caio Souza e Arthur Mariano irão para a disputa de medalhas. Nas barras paralelas, os representantes serão Caio Souza e Francisco Júnior, enquanto Arthur Nory e Lucas Bitencourt irão para a barra fixa.
Globoesporte