Três dias após massacre em escola, Trump pede que cidadãos americanos se armem para combater o ‘mal’

Publicado em 28 de maio de 2022

O ex-presidente de Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso nesta sexta-feira (27) durante evento do maior grupo de lobby em defesa da posse de armas, a NRA, que realiza sua convenção anual no Texas, três dias depois que 19 crianças e duas professoras foram assassinadas a tiros em uma escola de ensino fundamental no mesmo estado americano.
Em sua fala, Trump disse ser contrário a controles mais rígidos de acesso às armas de fogo nos EUA.
Para ele, os “cidadãos que respeitam as leis” devem poder se armar para se defender do “mal”: “A existência do mal em nosso mundo não é motivo para desarmar os cidadãos que respeitam a lei, a existência do mal é uma das melhores razões para armar os cidadãos que respeitam a lei”.
“As diversas políticas de controle de armas promovidas pela esquerda não teriam feito nada para evitar o horror que aconteceu. Absolutamente nada”, disse o ex-presidente.

Massacre no Texas
O assassino que matou 19 crianças em uma escola na cidade de Uvalde, no Texas, havia adquirido legalmente o fuzil AR-15 que utilizou para cometer o massacre da última terça-feira.
Trump leu os nomes das 19 crianças assassinadas, às quais descreveu como vítimas de um “lunático” fora de controle, antes de sugerir que os esforços para aumentar os controles de acesso às armas eram “grotescos”.
“Todos devemos nos unir, republicanos e democratas, em todos os estados e em todos os níveis de governo, para finalmente aumentar a segurança de nossas escolas e proteger nossas crianças… O que necessitamos agora é de uma revisão de segurança, de cima em baixo, nas escolas de todo o país”, segundo ele.

Cancelamentos
Alguns dos convidados que iriam falar ou se apresentar no evento cancelaram suas participações. Foi o caso do governador do Texas, o republicano Greg Abbott, e do cantor Don MacLean.
A NRA é a organização pró-armas mais influente do país e realiza um intenso lobby em defesa da segunda emenda da constituição, que garante o direito à posse de armas nos Estados Unidos desde 1791.
O presidente Joe Biden, que defende maiores controles de acesso às armas de fogo, comparecerá pessoalmente a Uvalde no domingo, junto de sua esposa Jill, para “se consolar com a comunidade”, disseram funcionários da Casa Branca.
G1

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