Tropas federais não vão ocupar comunidades no RJ, diz ministro da Defesa

Publicado em 30 de julho de 2017
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, o secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Sá, e o comandante da Operação Segurança e Paz, general Mauro Sinott, fizeram na tarde deste sábado (29) um balanço sobre o primeiro dia da atuação das tropas federais no estado. Jungmann agradeceu à população pela “maneira comovente” como recebeu o esforço conjunto dos governos federal e estadual.
Jungmann declarou que já está sendo preparada a segunda fase da operação. “Essa primeira fase será de curta duração. Não vamos fazer longos períodos de patrulhamento e não vamos ocupar comunidades”, disse o ministro, acrescentando que a próxima etapa será voltada para o principal objetivo, que é combater o crime. “Ainda não estamos naquela etapa, que é a central de nossa estratégia, que é reduzir a capacidade operacional do crime”.
O ministro também declarou que a lógica do governo não é a da ostensividade, mas sim reduzir a capacidade operacional do crime. “Nas próximas fases, vocês vão ter resultados de fato, no sentido de golpear a capacidade organização do crime organizado. A ostensividade cessa e depois volta. Se me permitem uma imagem, é como um vagalume, cuja luz acende e apaga, acende e apaga”, afirmou.
Segundo Sá, a avaliação é “extremamente positiva”, devido ao aumento da sensação de segurança nas ruas, mas ainda é muito cedo para divulgar números e avaliar indicadores do impacto da operação. “De um dia para outro, sem auditar os dados, não é possível divulgar nada ainda”, explicou o secretário.
Ainda de acordo com Roberto Sá, o reforço federal vem no momento em que a pasta tem dificuldade para ter 8 mil policiais a mais na rua. “São 4 mil policiais aprovados que não entraram na corporação, três mil policiais que saíram e mais mil que não estão no RAS [Regime Adicional de Segurança]”, afirmou.
Comandante da Polícia Militar do RJ, o coronel Wolney Dias Ferreira disse que, nos próximos dias, já haverá reflexo das ações nos indicadores de criminalidade.
Questionado sobre a presença de blindados em locais de visibilidade, como a Praça Mauá, o general Sinott respondeu que o uso dos veículos ocorre porque este é o material de que ele dispõe para trabalhar, e que os blindados poderão sair de onde estão para serem empregados em outros lugares.
“Atingimos boa parte dos nossos objetivos neste primeiro dia, que são conhecer a área de emprego, ambientar os soldados nas áreas onde vão trabalhar e fortalecer os laços táticos para operações futuras”, afirmou o oficial.
Pela manhã, Jungmann sobrevoou a região do Centro do Rio, onde atuam os fuzileiros navais, passou pelo Arco Metropolitano, guarnecido por militares da 9º Brigada, São Gonçalo e Niterói, que têm apoio da artilharia da 1ª Divisão de Exército, e a Linha Vermelha e a avenida Brasil, onde estão homens da Brigada Paraquedista. “Estamos fazendo um reconhecimento em áreas e micro-áreas que serão fundamentais para ações futuras”, disse o ministro.
G1
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