Venezuela registra 2ª morte em protestos; ONG conta mais de 200 feridos

Publicado em 2 de maio de 2019

A segunda morte foi registrada na Venezuela em conflitos relacionados ao novo levante promovido por Juan Guaidó, líder da Assembleia Legislativa e autoproclamado presidente, para tirar Nicolás Maduro do poder.
De acordo com o próprio Guaidó e a ONG Observatorio de Conflictos (OVCS), uma mulher chamada Jurubith Rausseo García, de 27 anos, morreu nesta quarta-feira, 1º, durante protestos da oposição em em Caracas. A mesma organização contabiliza mais de 200 feridos desde a terça-feira: 109 no primeiro dia e 130 no 1º de maio.
Me comprometo a hacer que la muerte en quirófano de Jurubith Rausseo, de sólo 27 años, le pese a quienes decidieron disparar contra un Pueblo que decidió ser libre.
O governo de Maduro não divulga dados oficiais sobre feridos e detidos em confrontos. Deputada opositora, Manuela Bolívar publicou em seu Twitter que ao menos 239 pessoas foram presas por forças bolivarianas em dois dias e que 23 atos tiveram represálias violentas em diferentes pontos do país.
Jurubith García teria morrido por um disparo na cabeça durante manifestação na praça Altamira, no centro de Caracas, a principal concentração dos opositores ao regime de Maduro. Na terça-feira, um homem de 24 anos, identificado como Samuel Enrique Méndez, morreu durante protestos no Estado de Aragua, em circunstâncias não divulgadas.
Ainda segundo a OVCS, ao menos 13 estados venezuelanos enfrentam cortes de energia na noite desta quarta-feira.
Na terça-feira, Juan Guaidó, com o apoio de militares desertores ao regime de Maduro, declarou que tomaria o poder, dando início a uma nova onda de protestos e confrontos entre militares e apoiadores dos diferentes lados. No mesmo levante, o opositor Leopoldo López, que cumpria prisão domiciliar, foi às ruas se refugiou na embaixada espanhola na capital venezuelana.
De acordo com a ONG Operação Acolhida, apenas na terça-feira, 946 venezuelanos cruzaram a fronteira do país com o estado de Roraima, na cidade de Pacaraima. O trecho fronteiriço entre os dois países está fechado há dois meses, desde que o Brasil, os Estados Unidos e a Colômbia, entre outros, tentaram transportar ao país carregamentos de ajuda humanitária. Mas o trânsito de pessoas continua graças às rotas alternativas.
Foto: Ueslei Marcelino
MSN/Veja

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