Gengibre: auxílio eficaz no controle de diabetes. Pesquisa revela seu potencial terapêutico no tratamento do diabetes tipo 2

Publicado em 24 de outubro de 2020

De acordo com uma pesquisa da tese de doutorado da pesquisadora Gerdane Celeste Nunes, defendida na Universidade Federal do Ceará (UFC) e publicada na Revista Latino-Americana de Enfermagem (RLAE), o consumo de gengibre é capaz de reduzir as taxas glicêmicas e os níveis de colesterol em pessoas com diabetes de todas as idades.

A descoberta revela que o gengibre é um importante aliado para o controle da enfermidade. Para o estudo foi feito um ensaio clínico com pacientes diagnosticados com a doença e o intuito foi avaliar se o gengibre é realmente eficaz na redução de biomarcadores glicêmicos e lipídicos no organismo de pacientes com diabetes mellitus tipo 2.

Segundo a pesquisadora Gerdane Nunes, o objetivo foi identificar novas estratégias para evitar complicações da doença, considerando o alto predomínio de diabetes no país e as dificuldades das pessoas no controle de sua taxa glicêmica. “Os fitoterápicos (como o gengibre) são de fácil acesso, baixo custo e podem servir como tratamento complementar”, destacou Gerdane.

A eficácia do gengibre contra diabetes

Para a defesa da tese, os participantes do estudo foram divididos em dois grupos: um grupo experimental, que tomou duas cápsulas de gengibre em pó (1,2 g) diariamente por 3 meses; e o grupo de controle, que ingeriu apenas placebo (preparação neutra).

Após o período de testes, os resultados mostraram que os participantes que receberam as doses de gengibre tiveram uma redução de 20,3 mg/dl a mais em seus níveis de glicemia em jejum, do que os pacientes que ingeriram o placebo. Foi revelada também a diminuição dos níveis de hemoglobina glicada e colesterol total.

No total 103 pessoas fizeram parte do estudo completo, sendo 47 do grupo experimental e 56 do grupo de controle. “Tais evidências sugerem que o gengibre tem potencial terapêutico no tratamento do diabetes tipo 2 e, assim, pode ser indicado como fitoterápico de ação complementar para a redução dos níveis glicêmicos e lipídicos e auxiliar no controle da doença”, confirma a pesquisadora.

 

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