Açude Novo pode virar ´Parque do Mosquito da Dengue´, em Campina Grande. Saúde garante que cidade supera meta nacional em vistoria de imóveis

Publicado em 28 de janeiro de 2016

parqueDAdengueEm época de reprodução do mosquito da dengue, um perigo. Desde o ano passado que a PMCG através dos agentes de vigilância ambiental, iniciou uma cruzada contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus, apontado pelo ministério da Saúde como responsável pelos casos de microcefalia. Os agentes têm visitados casas, imóveis fechados, e feito um trabalho de combate ao mosquito em terrenos baldios e abandonados. Só que, ironicamente, a Prefeitura parece que não está fazendo a sua parte. Um dos principais cartões-postais de Campina Grande, o Açude Novo ou Parque Evaldo Cruz, está praticamente abandonado. A sujeira e o acúmulo de água podem ser vistas em toda a parte do parque, o que pode se transformar em um criadouro do mosquito da dengue. Um risco para a saúde pública em pleno Centro da cidade, principalmente com a chegada das chuvas.

Segundo o sindicalista Wilton Maia Velez que registrou no inicio da semana fotos que comprovam o descaso publico com saúde pública, a prefeitura não toma nenhuma providencia e torna a área que comporta muitos bancos e árvores, assim como pequenos restaurantes que ficam em volta da fonte, além do antigo Museu de Artes Assis Chateaubriand e próximo da maior praça de eventos da cidade o Parque do Povo, bem como de hospitais a exemplo, da Clipse.

“Hoje estive no Parque Evaldo Cruz, (Açude Novo ) para constatar um fato que recebi como denuncia. Bem, embora a Prefeitura Municipal de Campina Grande esteja reconstruindo a calçada, o fato é que o parque é um abandono só. Inclusive não pude deixar de registrar esse absurdo, muita água parada , berço para o mosquito da DENGUE!! ATENÇÃO !!!Quero uma solução”, cobrou da prefeitura o sindicalista.

O parque público na cidade em formato circular que fica no Centro da cidade, próximo ao Parque do Povo. Com uma área de 46.875 m². A obra que desde o inicio da gestão do prefeito Romero Rodrigues aguarda uma reforma, tornou-se o maior risco de epidemia de risco da proliferação de milhares de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e outras infecções, devido às poças de água na fonte do Obelisco.

SAÚDE GARANTE QUE CAMPINA SUPERA META NACIONAL E VISTORIA 75% DOS IMÓVEIS
Os municípios brasileiros têm até o fim de fevereiro para fazer a inspeção de todos os imóveis em ações contra o Aedes aegypti. De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento, apenas 15% da meta nacional foi atingida. Em Campina Grande, administrada por Romero Rodrigues (PSDB), os trabalhos estão bem mais avançados e a Prefeitura já conseguiu visitar 75% do total de 178.797 dos imóveis da cidade. Este ano, as atividades de combate ao mosquito no município ganharam o reforço dos Agentes de Comunitários de Saúde e também estão sendo realizadas em parceria com o Exército.
De acordo com a gerente de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Rossandra Oliveira, as vistorias estão sendo feitas por 135 Agentes de Combate às Endemias, 120 Agentes de Comunitários de Saúde e 60 soldados do Exército. “Com organização, conseguimos colocar um verdadeiro batalhão nas ruas de Campina, visitando casa por casa. Além da busca ativa pelos focos de proliferação do mosquito, os profissionais estão levando orientações aos moradores, conscientizando a população, que também tem feito a sua parte nesta luta”, assegurou.
Além do reforço na equipe, a gerente de Vigilância Ambiental explicou que a liminar concedida pela 3ª Vara da Fazenda Pública para que os agentes de endemias possam entrar em imóveis abandonados e terrenos sem acesso, também contribuiu para o avanço nos trabalhos. O pedido de liminar foi solicitado pela Procuradoria Geral do Município e, desde dezembro do ano passado, os agentes já vistoriaram 325 dos 957 imóveis que estão nesta situação na cidade. As intervenções nestes locais são realizadas com apoio da Polícia Militar.
“Outra ação importante foi a realização de mutirões de limpeza, em parceria com a Secretaria de Serviços Urbanos, nos bairros com maior incidência de proliferação do mosquito e também naquelas comunidade onde mais pessoas apresentaram sintomas de dengue, zika e chikungunya. Além disso, temos um trabalho educativo permanente, com apoio das escolas da rede municipal de educação”, destacou Rossandra Oliveira.
DengueZapp – Estratégia inédita no combate ao Aedes aegypti, a Prefeitura de Campina Grande lançou em abril de 2014 o “DengueZapp” facilitar o envio de informações sobre possíveis focos do mosquito pela população campinense. Trata-se de um número de telefone (83 99991 0553) que pode ser acessado pelo aplicativo Whatsapp para enviar mensagens, imagens e vídeos.
O operador do “DengueZapp” recebe as denúncias e repassa para os agentes de endemias, que têm até cinco dias úteis para fazer a vistoria no local informado. Desde o lançamento do programa, a Secretaria Municipal de Saúde já recebeu cerca de 900 chamados pelo aplicativo.

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