América Latina e o Caribe passaram de 500 mil de casos da Covid-19

Publicado em 17 de maio de 2020

A América Latina e o Caribe registraram mais de 500 mil de casos da Covid-19 neste domingo (17), segundo balanço da agência de notícias France Presse feito com dados oficiais. O Brasil é o país mais afetado, com quase metade dessas infecções provocadas pelo novo coronavírus. A doença já matou mais de 28,4 mil pessoas nessa região.
A Espanha registrou o menor índice de mortes diárias por Covid-19 desde 16 de março. Foram registradas nas últimas 24 horas 87 óbitos, fazendo com que o número total de mortes pelo novo coronavírus supere a marca de 27,6 mil.
A Rússia registrou menos de 10 mil novos casos de pessoas infectadas com coronavírus, pela terceira vez nesta semana. Porém, estabelecer uma curva descendente da pandemia com os números flutuantes de maio ainda é considerado prematuro. O país tem o segundo maior número de infectados no mundo, com 281.752. Críticos do governo consideram, porém, que há subnotificação de mortes, que já passam de 2,6 mil.
Na China, houve o registro de cinco novos casos – número menor do que os oito contabilizados no dia anterior. A Comissão Nacional de Saúde (NHC) informou que três dos cinco novos casos ocorreram por transmissão local, o que coloca o país em alerta para uma segunda onda de transmissão do coronavírus. Desde sexta-feira (15), mais de 8 mil pessoas foram colocadas em quarentena.
Em Madagascar, na África, houve o primeiro registro de morte por Covid-19 neste domingo (17). A vítima foi um médico de 57 anos que sofria de diabetes e pressão alta.

Flexibilização da quarentena
O governo da Tailândia começou a reduzir as restrições no confinamento para conter a pandemia. Fotos de agências de notícias mostram que as pessoas correram para os shoppings, que reabriram neste domingo após oito semanas.
Medidas de segurança foram implementadas como: obrigatoriedade de máscaras para vendedores e visitantes, scanners de temperatura e um dispositivo que lança uma névoa de desinfetante em todas as entradas.

Casos pelo mundo
Em todo o mundo, mais de 4,6 milhões de pessoas foram diagnosticadas com Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus e mais de 312,2 mil pessoas morreram, de acordo com o levantamento feito pela universidade norte-americana Johns Hopkins.
No Brasil, o número de casos segue aumentando rapidamente. No sábado (16), o balanço do Ministério da Saúde registrava 15.633 mortes e 233.142 casos confirmados. Com isso, o Brasil passou para quarto lugar no ranking de países com o maior número de casos da Covid-19, superando a Espanha e a Itália.

Veja os números da universidade Johns Hopkins:
1. Estados Unidos: mais de 1,467 milhão de casos confirmados / mais de 88,7 mil mortes
2. Rússia: mais de 281,7 mil casos confirmados / mais de 2,6 mil mortes
3. Reino Unido: mais de 241,4 mil casos confirmados / mais de 34,5 mil mortes
4. Brasil: mais de 233,5 mil casos confirmados / mais de de 15,6 mil mortes
5. Espanha: mais de 230,6 mil casos confirmados / mais de 27,5 mil mortes
6. Itália: mais de 224,7 mil casos confirmados / mais de 31,7 mil mortes
7. França: mais de 179,6 mil casos confirmados / mais de 27,5 mil mortes
8. Alemanha: mais de 176,2 mil casos confirmados / mais de 7,9 mil mortes
9. Turquia: mais de 148 casos confirmados / mais de de 4 mil mortes
10. Irã: mais de 118,3 casos confirmados / mais de 6,9 mil mortes

Coronavírus abalou o ‘status quo’, diz Obama
O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama afirmou na noite de sábado (16) durante uma formatura de estudantes que a pandemia de coronavírus “abalou o status quo e colocou problemas profundos” em seu país. Para ele, a pandemia “despertou muitos jovens para o fato de que as velhas formas de fazer as coisas simplesmente não funcionam”.

Ajuda às pequenas empresas dos EUA
Os Estados Unidos devem revisar o programa de ajuda a pequenas empresas para lidar com as conseqüências econômicas do surto de coronavírus, informou o “Wall Street Journal”. Espera-se que as mudanças incluam a concessão de mais flexibilidade às empresas para gastar fundos, além de estender o tempo para gastar o dinheiro do empréstimo para além dos dois meses originalmente estabelecidos pelo governo no âmbito do Programa de Proteção contra Cheques, segundo o jornal.
O ex-mandatário americano pediu aos graduados que percebessem que “todos os desafios que o país enfrenta agora” ofereciam à geração uma oportunidade “inspiradora”, explicando que “com tanta incerteza, com tudo de repente em jogo, esse é o mundo da sua geração”. Ele continuou a dizer à “Classe de 2020” que os adultos nem sempre tinham “todas as respostas”, acrescentando que “muitos deles nem estão fazendo as perguntas certas”.

Recuperação econômica do Reino Unido
A economia britânica provavelmente não terá uma rápida recuperação após o afrouxamento das restrições feitas para conter o avanço do novo coronavírus. A estimativa é que mais de 30% da produção foi cortada em abril, de acordo com o governo.
Como muitos outros países, o Reino Unido fechou grande parte de sua economia para retardar a disseminação do Covid-19. Em abril, o Escritório de Responsabilidade Orçamentária (OBR) estimou que o produto interno bruto poderia cair 13% em 2020, seu maior colapso em mais de 300 anos.
Robert Chote, presidente do OBR, disse que abril foi provavelmente o pior mês da pandemia. “Sabemos que a economia, provavelmente no seu pior mês passado, pode ter sido um terço mais ou menos do que seria normalmente, em termos de produção de bens e serviços e gastos das pessoas”, disse ele à rede BBC.
Foto: Mladen Antonov / AFP
G1

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