Brasil chega a 100 mil mortes por coronavírus. País tem mais de 3 milhões de infectados, sendo 11.207 em Campina Grande

Publicado em 9 de agosto de 2020

Em menos de seis meses, o Brasil atingiu a marca de 100 mil mortos por coronavírus. O País contabiliza neste sábado à tarde, 8, um total de 100.240 mortes, segundo dados do levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL com as secretarias estaduais de Saúde. Se o País fizesse 1 minuto de silêncio em homenagem a cada vítima, teria de passar 70 dias calado. O número impressiona. É o equivalente a cair quase cinco aviões A320 lotados todos os dias, contando do primeiro óbito, em março, até hoje. Ou à capacidade de público de um estádio e meio do Morumbi, o maior de São Paulo.
Com novos casos se alastrando pelo interior, duas a cada três cidades brasileiras já perderam alguém para a covid-19. Médicos e cientistas de diferentes regiões do País afirmam ao Estadão que, para conter o avanço da doença, é preciso que as ações tenham como base um tripé: identificação e monitoramento precoce dos casos; etiqueta respiratória e cuidados pessoais; isolamento social, ou até lockdown, principalmente nos locais com alta transmissão.
Enquanto não houver vacina ou remédio com eficácia cientificamente comprovada, os pesquisadores alertam que a única saída é tentar reduzir a propagação da covid-19. Coautor do livro Viroses Emergentes no Brasil, o médico infectologista da Unicamp Rodrigo Angerami demonstra que, em tese, a lógica é simples. “Diminuindo a taxa de transmissão, haverá menor número de casos, menor número de casos potencialmente graves e, consequentemente, menor número absoluto de novos óbitos.”
Até o momento, o País atingiu o patamar de 3 milhões de casos confirmados. Para minimizar o contágio, o pesquisador cita a importância da proteção individual, como uso rotineiro de máscara e a higienização constante das mãos, além do distanciamento social. É fundamental fortalecer as ações com informações corretas, afirma. As medidas de prevenção servem não apenas para proteção individual, mas para interromper cadeias de transmissão comunitária. Segundo Angerami, o combate à pandemia também deve focar em baixar a letalidade da doença. Esse índice varia de acordo com o Estado, chegando a 4% em São Paulo e 8% no Rio. Para isso, é imprescindível que todo paciente seja identificado e investigado laboratorialmente de modo precoce, seja avaliado e monitorado clinicamente e, se necessário, encaminhado para serviços hospitalares.

PLANO FEDERAL
De acordo com os pesquisadores, os sistemas de saúde e vigilância do País já tinham capacidade e expertise para impedir o avanço desenfreado da pandemia, mas os embates políticos atrapalharam. Outro passo, agora, deve ser implementar um plano nacional de enfrentamento ao coronavírus para corrigir o que, na visão dos pesquisadores, seria a principal falha do Brasil até aqui: o vácuo de liderança no combate à pandemia.
Começamos bem, iniciamos a quarentena no momento certo, antes de termos muitos casos, mas tivemos um presidente da República jogando contra os Estados, diz o professor de epidemiologia Paulo Lotufo, da Faculdade de Medicina da USP. Em determinado momento, os governadores se sentiram pressionados e iniciaram a reabertura. Se tivéssemos feito um lockdown sério, mesmo que fosse por um período curto, de 10 ou 15 dias, teríamos tido uma redução expressiva de casos, afirma.
Coordenador do núcleo de epidemiologia e vigilância em saúde da Fiocruz Brasília, o médico Claudio Maierovitch também avalia que a falta de coordenação na área federal atrapalhou. Cinco meses depois, continuamos sem plano e sem liderança. Se tivéssemos isso, poderíamos ter bem definidas as medidas recomendáveis em cada estágio da pandemia, o que é importante se pensarmos que há situações diferentes de transmissão de acordo com a região do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARAÍBA CONFIRMA 776 NOVOS CASOS DE COVID-19 EM 24H
Neste sábado, 08 de agosto, a Paraíba registrou 776 novos casos de Covid-19 e 18 óbitos confirmados desde a última atualização, 11 deles ocorridos nas últimas 24h. Até o momento, 89.893 pessoas já contraíram a doença, 43.682 já se recuperaram e 1.983 faleceram. Até o momento, 260.603 testes para diagnóstico da Covid-19 já foram realizados.
A ocupação total de leitos de UTI (adulto, pediátrico e obstétrico) em todo o estado é de 47%. Fazendo um recorte apenas dos leitos de UTI para adultos na Região Metropolitana de João Pessoa, a taxa de ocupação chega a 50%. Em Campina Grande, estão ocupados 38% dos leitos de UTI adulto e no sertão, 67% dos leitos de UTI para adultos.

Casos Confirmados: 89.893
Casos Descartados: 106.527
Óbitos confirmados: 1.983
Casos recuperados: 43.682
Total de municípios: 221
O índice de Isolamento Social foi de apenas 34,9%, considerado baixo em relação à meta de 70% e à mínima de 50%.

Os casos confirmados estão distribuídos por 221 dos 223 municípios paraibanos:

Água Branca (50); Aguiar (23); Alagoa Grande (819); Alagoa Nova (261); Alagoinha (813); Alcantil (54); Algodão de Jandaíra (6); Alhandra (595); Amparo (17); Aparecida (69); Araçagi (478); Arara (190); Araruna (222); Areia (361); Areia de Baraúnas (10); Areial (43); Aroeiras (199); Assunção (44); Baia da Traição (514); Bananeiras (176); Baraúna (129); Barra de Santa Rosa (62); Barra de Santana (89); Barra de São Miguel (44); Bayeux (1550); Belém (905); Belém do Brejo do Cruz (28); Bernardino Batista (7); Boa Ventura (4); Boa Vista (79); Bom Jesus (8); Bom Sucesso (18); Bonito de Santa Fé (18); Boqueirão (326); Borborema (27); Brejo do Cruz (322); Brejo dos Santos (22); Caaporã (911); Cabaceiras (60); Cabedelo (2531); Cachoeira dos Índios (95); Cacimba de Areia (8); Cacimba de Dentro (242); Cacimbas (45); Caiçara (395); Cajazeiras (1365); Cajazeirinhas (22); Caldas Brandão (212); Camalaú (2); Campina Grande (11207); Capim (148); Caraúbas (37); Carrapateira (45); Casserengue (260); Catingueira (17), Catolé do Rocha (294); Caturité (98); Conceição (470); Condado (113); Conde (690); Congo (69); Coremas (127); Coxixola (29); Cruz do Espírito Santo (269); Cubati (73); Cuité (162); Cuité de Mamanguape (103); Cuitegí (374); Curral de Cima (25); Curral Velho (2), Damião (21); Desterro (50); Diamante (125); Dona Inês (88); Duas Estradas (73); Emas (48); Esperança (422); Fagundes (93); Frei Martinho (6); Gado Bravo (92); Guarabira (3609); Gurinhém (417); Gurjão (23); Ibiara (44); Igaracy (9); Imaculada (42); Ingá (1067); Itabaiana (1031); Itaporanga (219); Itapororoca (711); Itatuba (306); Jacaraú (292); Jericó (14); João Pessoa (22879); Joca Claudino (11); Juarez Távora (283); Juazeirinho (159); Junco do Seridó (48); Juripiranga (447); Juru (91); Lagoa (6); Lagoa de Dentro (117); Lagoa Seca (625); Lastro (18); Livramento (84); Logradouro (126); Lucena (352); Mãe d’Água (18); Malta (91); Mamanguape (2131); Manaíra (11); Marcação (293); Mari (1044); Marizópolis (26); Massaranduba (310); Mataraca (163); Matinhas (71); Mato Grosso (15); Matureia (34); Mogeiro (147); Montadas (39); Monte Horebe (14); Monteiro (341); Mulungu (319); Natuba (54); Nazarezinho (35); Nova Floresta (59), Nova Olinda (15); Nova Palmeira (58); Olho D´Água (40); Olivedos (75); Parari (5); Passagem (30); Patos (2970); Paulista (179); Pedra Branca (1); Pedra Lavrada (34); Pedras de Fogo (1250); Pedro Régis (44); Piancó (147); Picuí (191); Pilar (290); Pilões (105); Pilõezinhos (228); Pirpirituba (281); Pitimbu (576); Pocinhos (136); Poço Dantas (6); Poço de José Moura (18); Pombal (435); Prata (5); Princesa Isabel (73); Puxinanã (253); Queimadas (1003); Quixaba (27); Remígio (230); Riachão (72); Riachão do Bacamarte (223); Riachão do Poço (87); Riacho de Santo Antônio (29); Riacho dos Cavalos (12); Rio Tinto (999); Salgadinho (26); Salgado de São Felix (222); Santa Cecília (65); Santa Cruz (53); Santa Helena (19); Santa Inês (56); Santa Luzia (220); Santa Rita (2580); Santa Terezinha (54); Santana de Mangueira (5); Santana dos Garrotes (18); Santo André (14); São Bentinho (42); São Bento (1552); São Domingos do Cariri (45); São Francisco (33); São João do Cariri (96); São João do Rio do Peixe (229); São João do Tigre (11); São José da Lagoa Tapada (51); São José de Caiana (40); São José de Espinharas (37); São José de Piranhas (157); São José de Princesa (1); São José do Bonfim (58); São José do Brejo do Cruz (10); São José do Sabugi (214); São José dos Cordeiros (35); São José dos Ramos (225); São Mamede (38); São Miguel de Taipu (131); São Sebastião de Lagoa de Roça (213); São Sebastião do Umbuzeiro (11); São Vicente do Seridó (47); Sapé (951); Serra Branca (146); Serra da Raíz (18); Serra Grande (9); Serra Redonda (239); Serraria (151); Sertãozinho (176); Sobrado (174); Solânea (423); Soledade (138); Sossego (9), Sousa (1419); Sumé (219); Tacima (123); Taperoá (68); Tavares (106); Teixeira (161); Tenório (16); Triunfo (52); Uiraúna (86); Umbuzeiro (75); Várzea (15); Vieirópolis (6); Vista Serrana (6), Zabelê (24).
*Dados oficiais preliminares (fonte: SIM, e-sus VE e SIVEP) extraídos às 10h do dia 08/08, sujeitos a alteração por parte dos municípios.

Foto: PETER ILICCIEV / ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
Terra/Secom PB

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