Brasil perde para Camarões por 1 a 0, mas se classifica em primeiro do grupo e pega a Coreia nas oitavas

Publicado em 3 de dezembro de 2022

A seleção brasileira terminou a fase de grupos da Copa 2022 sem nem de longe fazer uma grande exibição nesta sexta-feira (2), no estádio Lusail. Pior do que isso, perdeu para Camarões por 1 a 0, a primeira derrota para africanos em sua história em mundiais, mas com a combinação suficiente para avançar na primeira colocação do Grupo G e enfrentar a Coreia do Sul, a segunda colocada da chave H, nas oitavas de final do Catar. Vincent Aboubakar fez o gol aos 46 minutos do segundo tempo.
Agora a seleção brasileira, que não perdia um jogo na primeira fase desde a Copa da França, 1998, contra a Dinamarca, terá apenas dois dias até a data do próximo jogo. A Coreia do Sul venceu Portugal de maneira surpreendente mais cedo e, de quebra, mandou o Uruguai para casa, apesar da vitória dramática sobre Gana — um gol a mais significaria um clássico sul-americano já nas oitavas. A partida entre brasileiros e coreanos acontece na segunda-feira, às 16 horas, no estádio 974, em Doha.

Confrontos das oitavas de final da Copa 2022
3/12 – sábado – 12h: Holanda X Estados Unidos
3/12 – sábado – 16h: Argentina X Austrália
4/12 – domingo – 12h: França X Polônia
4/12 – domingo – 16h: Inglaterra X Senegal
5/12 – segunda-feira – 12h: Japão X Croácia
5/12 – segunda-feira – 16h: Brasil X Coreia do Sul
6/12 – terça-feira – 12h: Marrocos X Espanha
6/12 – terça-feira – 16h: Portugal X Suíça

Faltou entrosamento dos reservas
Pelo pouco tempo de recuperação até a próxima partida, e também com medo de perder ainda mais jogadores machucados além de Danilo (tornozelo esquerdo), Alex Sandro (quadril) e Neymar (tornozelo direito), Tite mandou a campo absolutamente todos os jogadores reservas. A formação inicial tinha: Ederson; Daniel Alves (capitão), Éder Militão, Bremer, Alex Telles, Fabinho, Fred, Rodrygo; Antony, Gabriel Martinelli e Gabriel Jesus.
Sem nunca terem jogado juntos, os jogadores, por melhores que sejam, não tiveram entrosamento. Tanto que a primeira chance clara de gol saiu só aos 13 minutos, de uma ligação forçada entre Fred e Martinelli, que, de cabeça, exigiu boa defesa do goleiro Devis Epassy. A essa altura, a torcida começava a se divertir não mais com os dribles de Antony, mas com as tentativas frustradas das 85.986 pessoas presentes no estádio de fazer a ola nas arquibancadas.
O time foi se soltando mais nas escapadas rápidas de Rodrygo, Antony e Martinelli, que chegou a jogar até sem chuteira quando sofreu uma falta que o árbitro norte-americano Ismail Elfath preferiu não marcar e deixar o jogo correr. Parecia mais o Brasil da vitória magra sobre a Suíça (1 a 0) do que o Brasil com volume de jogo contra a Sérvia (2 a 0).
A primeira metade, no entanto, serviu para mostrar ao Brasil que a seleção está muito bem servida de goleiros. Assim como Alisson, que ainda não foi vazado nesta competição e vem jogando bem, Ederson fez uma excelente defesa na cabeçada de Bryan Mbeumo, em uma bola que ainda quicou no chão e foi no contrapé do camisa 23. Os demais homens de perigo de Camarões, Aboubakar e Choupo-Moting, não levaram perigo.
No entanto, aos 46 minutos de jogo Ederson não conseguiu segurar. Depois de contra-ataque, Ngom recebeu na direita e cruzou na medida para Aboubakar cabeçear, completamente livre entre Militão e Bremer. Na comemoração, o camaronês tirou a camisa e foi expulso.
Bruno Guimarães até poderia ter empatado o jogo aos 53 minutos, mas a finalização foi em cima do goleiro. E foi só.
Para o segundo tempo, Tite foi obrigado a mexer na lateral-esquerda. Já sem o titular Alex Sandro, viu o reserva Alex Telles deixar o campo chorando após uma dividida. O zagueiro Marquinhos acabou tendo de jogar improvisado, e aí o treinador já chamou também Everton Ribeiro e Bruno Guimarães para a vaga de Rodrygo e a de Fred. A mudança deveria dar mais mobilidade ao time, mas acabou descaracterizando ainda mais a equipe. Depois, Raphinha ainda entrou no lugar de Antony.
Perto do final da partida, os camaroneses exigiram ainda mais de Ederson, que evitou que o time levasse o primeiro gol no Mundial. Do outro lado, a pressão vinha na base da raça com Bruno Guimarães e Pedro.

Volta de Neymar
Neymar (inflamação no tornozelo direito) acompanhou a partida do estádio, assim como os também lesionados Alex Sandro (lado esquerdo do quadril) e Danilo (lesão no tornozelo direito). Se os laterais já devem ter condições de jogo, a tendência é deixar o atacante ainda de fora contra a Coreia do Sul. O jogador participou da batucada no ônibus que trouxe a delegação para o estádio, caminhou normalmente e ainda sorriu para a torcida presente. Só não consegue calçar chuteiras.
O camisa 10, sem condições de jogo desde que sofreu uma pancada seguida de uma entorse ainda na primeira partida, faz fisioterapia intensiva em três períodos. O jogador deve passar por nova avaliação neste sábado, no centro de treinamento da seleção brasileira.
FOTO: REUTERS/DYLAN MARTINEZ
R7

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