Cirurgião plástico destaca importância da intervenção na reconstrução mamária no enfrentamento do câncer

No mês em que se promove a campanha mundial do Outubro Rosa, a reconstrução mamária entra também no foco do debate como um procedimento cirúrgico essencial para oferecer não apenas a restauração física, mas ainda um profundo suporte emocional e psicológico para as mulheres que enfrentam a mastectomia devido ao câncer de mama ou outras condições médicas.
O cirurgião plástico André Eyler, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da American Society of Plastic Surgeons, destaca que essa intervenção tem uma importância marcante e um impacto significativo na qualidade de vida e no bem-estar das pacientes, fornecendo uma série de benefícios fundamentais. “A reconstrução mamária permite que as mulheres resgatem sua autoestima e confiança. A perda de uma mama pode ser devastadora na autoimagem da mulher, símbolo de sua feminilidade, e afeta negativamente sua saúde mental e emocional”, aponta.
A reconstrução oferece a oportunidade de restaurar a aparência física, ajudando as pacientes a se sentirem ‘completas’ novamente, e favorecendo a reintegração social e o retorno às atividades normais. O Dr. Eyler aponta que o procedimento ajuda ainda na recuperação da paciente, que, de acordo com cada caso, pode haver a remoção completa ou parcial de uma ou ambas as mamas. “Com o avanço da medicina, se obtém resultados cada vez mais aprimorados e a mulher sente uma espécie de reintegração com seu corpo. Quando as pacientes realizam a reconstrução ficam mais confiantes no tratamento e reagem de modo mais positivo ao processo todo. O corpo em geral responde com a melhora do sistema imunológico naquelas que são muito impactadas pelo trauma, depressão ou estresse”, assegura.
O especialista explica que na maioria dos casos é indicada a reconstrução mamária imediata, no entanto isso depende da agressividade do tumor. “Mas a cirurgia também pode ser feita em dois ou três tempos devido à dificuldade em certos episódios para se alcançar a simetria das mamas. Porém, quando é possível, se faz tudo em tempo único, na mesma cirurgia.”, diz o Dr. Eyler.
Nesta cirurgia, além de se buscar melhorar a simetria corporal, se evita fututo problemas posturais e desconfortos físicos que podem surgir após a mastectomia. Isso contribui para um melhor equilíbrio e alívio de dores nas costas, ombros e pescoço. Atualmente, as técnicas cirúrgicas modernas usam tecidos autólogos ou implantes para criar uma mama que se assemelha em sensibilidade à natural. Outro benefício importante é a possibilidade de detecção precoce de reincidências, porque com a presença de uma mama reconstruída, o autoexame e os exames médicos de rotina se tornam mais eficazes, uma vez que qualquer alteração na mama reconstruída pode ser detectada mais facilmente. “A reconstrução mamária desempenha um papel crucial na jornada de recuperação e empoderamento das mulheres após a mastectomia. E é um recurso que facilita a adaptação emocional, uma vez que as pacientes não precisam enfrentar na maioria das vezes um período prolongado sem o órgão”, conclui o cirurgião plástico.

SUS oferece reconstrução da mama
A conquista da reconstrução da mama pelo Sistema Único de Saúde é relativamente recente. Houve um tempo que não se considerava importante a reconstrução mamária e esse direito foi muitas vezes negado à mulher, levando-se em conta somente o foco no tratamento oncológico. Mas em 1999 foi publicada a primeira lei sobre a obrigatoriedade de cirurgia plástica reparadora da mama nos casos de mutilação decorrentes do tratamento de câncer no SUS. Em 2001 a lei abrangeu a obrigatoriedade dos procedimentos nos planos de saúde. E finalmente em 2013 um projeto de lei fez obrigatória a informação e, sempre que possível, a realização da reconstrução da mama no ato operatório em que é feito o tratamento oncológico.

Fonte:
O cirurgião plástico André Eyler é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da American Society of Plastic Surgeons. Especializado em cirurgia estética e reparadora, tendo ampla expertise em cirurgias plásticas oncológicas, inclusive no Hospital Mário Kroeff, referência no tratamento de câncer no Rio de Janeiro.

Serviço:
Cirurgião plástico Dr. André Eyler
Cel. (83) 9 8827-7000
@dr.andreeyler

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