Claro, Vivo e TIM arremataram o ´filé´ do 5G no leilão realizado pela Anatel. Primeiro dia movimentou cerca de R$ 7,1 bilhões

Publicado em 5 de novembro de 2021

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu início nesta quinta-feira (4) ao leilão do 5G, a internet de quinta geração. A abertura dos lances continua nesta sexta (5).
No leilão, foram oferecidos lotes em quatro faixas de frequência: 700 MHz (megahertz); 2,3 GHz (gigahertz); 3,5 GHz; e 26 GHz.
Nesta quinta, foram abertas as propostas das três primeiras faixas. Ficaram para sexta-feira os lotes da frequência de 26 GHz. Os lances validados nesta quinta representam uma movimentação de cerca de R$ 7,089 bilhões.
Essas faixas funcionam como “avenidas” no ar para transmissão de dados. É por meio delas faixas que o serviço de internet 5G será prestado. O prazo de outorga — direito de exploração das faixas — será de até 20 anos.
Cada uma dessas faixas foi dividida em blocos nacionais e regionais. O modelo do leilão prevê que as interessadas façam ofertas por esses blocos.
Além dos quase R$ 7,1 bilhões, as empresas terão que realizar contrapartidas de investimentos. O valor total desses aportes ainda não foi divulgado pela Anatel.

Até o momento, o leilão do 5G já tem os seguintes resultados:
Faixa de 700 MHz

• Winity II Telecom
A Winity II Telecom, ligada ao Fundo Pátria, venceu a disputa pelo primeiro lote do leilão do 5G. Com isso, o Brasil contará com uma nova operadora de telefonia móvel com autorização para oferecer o serviço em todo o país.

Faixa de 3,5 GHz, lotes nacionais
• Claro
• Vivo
• TIM

Faixa de 3,5 GHz, lotes regionais
• Sercomtel, vai atuar na região Norte e no estado de SP, salvo exceções.
• Brisanet, vai atuar nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, salvo exceções.
• Consórcio 5G Sul, vai atuar na região Sul.
• Cloud2U, vai atuar nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, salvo exceções.
• Algar Telecom, vai atuar em algumas localidades em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo.
Os lotes regionais permitem que as empresas vencedoras ofereçam o serviço de internet de quinta geração em regiões específicas do país, ou seja, essas empresas não terão uma atuação nacional.
A faixa de 3,5 GHZ é exclusiva para o 5G, com capacidade de transmissão de altíssima velocidade. É a faixa de frequência mais usada no mundo inteiro para o 5G, com foco no varejo (consumidores finais) e na indústria. O espectro é considerado ideal para atender áreas urbanas.
A faixa, incluindo os lotes nacionais e regionais, foi orçada em cerca de R$ 30 bilhões, sendo quase R$ 29 bilhões destinados ao cumprimento das obrigações previstas no edital.

Faixa de 2,3 GHz, lotes regionais
• Claro, vai atuar nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul e no estado de São Paulo;
• Brisanet, vai atuar na região Nordeste;
• Vivo, vai atuar nos estados de RJ, ES e MG;
• Algar Telecom, vai atuar no Sul de Minas e em localidades de GO, MT e SP.
Na faixa de 2,3 GHz, as contrapartidas exigidas pela Anatel tratam da cobertura de 4G em regiões urbanas que, hoje, ainda não têm acesso a essa tecnologia.
As empresas terão que garantir redes 4G ou superiores em 95% da área urbana dos municípios com menos de 30 mil habitantes sem cobertura atual, além de localidades específicas listadas no edital.
O leilão incluiu outros lotes regionais também na faixa de 2,3 GHz, mas com menor espectro. Isso significa que a facilidade para transmitir e a qualidade da transmissão tendem a ser menores.

Foto: James Yarema/Unsplash
G1

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