Com maior delegação, Brasil tenta manter 1º lugar em Toronto

Publicado em 9 de agosto de 2015

torontoVer um atleta vestido de verde e amarelo no alto do pódio é algo corriqueiro em Jogos Parapan-Americanos. Potência continental desde a edição inaugural do evento na Cidade do México, em 1999, e líder do quadro de medalhas desde que sediou a competição no Rio de Janeiro, em 2007, o Brasil acostumou-se ao ritual de hasteamento da bandeira seguido da execução do Hino Nacional. Seja na natação, no atletismo ou nas outras 13 modalidades do programa, a expectativa é que em Toronto a história se repita. Com a maior delegação do evento, o país espera consolidar o favoritismo regional com recordes que selem mais um importante passo rumo ao quinto lugar geral nas Paralimpíadas de 2016.
Nesta sexta-feira, a competição começa oficialmente com a Cerimônia de Abertura no Estádio de York, com transmissão ao vivo no canal SporTV2. A velocista Terezinha Guilhermina será a porta-bandeira do Brasil e terá a companhia do atleta-guia Guilherme Santana. As competições terão início na manhã de sábado e vão até o dia 15 de agosto.
Se em Guadalajara 2011 o Brasil subiu ao pódio 197 vezes, sendo 81 vezes no lugar mais alto, no Canadá a expectativa da direção técnica do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é de superar o desempenho.
– Normalmente não estabelecemos metas em números de medalhas, porque o programa muda muito. Em termo de comparações, aqui tem mais modalidades que Guadalajara, mas o programa de provas varia. O objetivo realmente final é conseguir o primeiro lugar, repetindo Rio e Guadalajara, se possível aumentando o número de medalhas global e o número de medalhas de ouro para que possamos ter realmente o melhor resultado da história – disse o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons.
Maior vencedor do país na história da competição com 19 medalhas de ouro, Daniel Dias é novamente o principal nome entre os 272 atletas convocados pelo CPB. Em Toronto, apesar de disputar “apenas” oito provas, o nadador segue como favorito ao posto de maior medalhista da delegação. Mesmo otimista com o próprio desempenho, ele não perde a modéstia e sonha que os compatriotas também possam ser motivo de orgulho.
– A gente não estar no país e poder escutar o Hino é uma emoção muito grande. Fico feliz de ajudar, de somar para o esporte brasileiro. Espero que aqui possa acontecer também, não só através das minhas conquistas, mas de todos da natação. Somos 40. Se cada um conquistar um ouro, imagina só?
Dono de títulos nos 100m e 200m da classe T46 em Guadalajara, Yohansson Nascimento é um dos 50 nomes da delegação de atletismo, a maior do país nos Jogos. Ele engrossa o coro de Daniel e promete muito empenho nas provas.
– Não lembro de uma competição em que a gente foi e não saiu com a medalha de ouro. De jeito nenhum vamos deixar de um dia sequer, fazer o Hino Nacional tocar em Toronto e depois nas Paralimpíadas. Vamos dar orgulho e representar 200 milhões de brasileiros – disse o campeão paralímpico Yohansson Nascimento.
Fora do campo da emoção, o presidente do CPB vê a competição como fundamental no cumprimento de metas para 2016. Além dos números frios, tanto de pódios quanto de tempos e colocações em cada modalidade, Andrew Parsons e o departamento técnico veem o Parapan como uma oportunidade a mais de amadurecer alguns jovens atletas antes dos Jogos em casa.
– Muito me perguntaram por que o Brasil tem a maior delegação, por que traz mais gente do que o próprio Canadá. O que tenho dito é que o Brasil leva muito a sério os Jogos Parapan-Americanos. Além de querer atingir o objetivo de ser primeiro lugar, o Parapan é fundamental na nossa estratégia de desenvolvimento. A gente dá a Talisson (Glock), Verônica (Hipólito), a essa geração pós-Londres, a primeira experiência multiesportiva e em uma Vila. A gente não queria que a primeira experiência desses atletas, que têm potencial de medalha de ouro, prata ou bronze no Rio, fosse em casa, com a pressão de Paralimpíadas. Então eles já têm a primeira impressão, sabem como funciona, sabem a dinâmica de uma Vila e do evento.
Nesta sexta-feira, as equipes apenas treinam. Neste sábado, a competição começa para valer com bocha, ciclismo de estrada, futebol de 5 e de 7, goalball, levantamento de peso, vôlei sentado, natação, tênis de mesa, basquete, rúgbi e tênis em cadeira de rodas.
Globoesporte

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