Com sedes liberadas, CBF deve receber mais pressão por jogos nas Eliminatórias

Há duas semanas, a CBF trabalhava com um cenário para as Eliminatórias: ter de escolher duas cidades para receberem os nove jogos que fará em casa durante o torneio. Seriam Rio de Janeiro e uma capital do Nordeste (Fortaleza, Recife ou Salvador). Agora, a alta diretoria da entidade afirma que, provavelmente, estará liberada para atuar onde quiser.
A CBF continua à espera de um comunicado oficial. Em São Petersburgo, Rússia, antes do sorteio das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na semana passada, a Fifa indicou que não vai criar limites e cada confederação deve estipular suas regras. A CBF não esteve presente, já que o presidente Marco Polo Del Nero não viajou.
A Conmebol decidiu que não haveria limites. A Venezuela, por exemplo, já decidiu atuar em quatro cidades. A Colômbia, desde o ano passado, havia definido Barranquilla como sede das partidas de sua seleção. A CBF espera, então, poder abrir o leque nas Eliminatórias.
Boa notícia por um lado: será possível agradar mais federações estaduais. Por outro, aumentará a pressão política. Com duas cidades, todo mundo sabia que seria difícil reivindicar jogos e tirá-los do Rio de Janeiro e da capital nordestina. Agora, todos crescerão o olho: São Paulo, Minas Gerais, centro-oeste, sobretudo sedes da última Copa, com estádios subutilizados, como Cuiabá, Brasília e Natal, por exemplo.
Dunga e Gilmar Rinaldi serão importantes nesse processo de escolha. Eles preferem, por exemplo, atuar em locais onde o apoio popular costuma ser maior. Tentarão afastar a Seleção das vaias. A Conmebol ainda não estipulou um prazo para divulgar a tabela do torneio que terá início em outubro.
Globoesporte