Confundido com bandido, cabo da PB é morto por policiais do RN

Publicado em 1 de novembro de 2019

O cabo da Polícia Militar da Paraíba Edmo Tavares, de 36 anos, foi assassinado a tiros, na tarde dessa terça-feira (29), por policiais do Rio Grande do Norte. O caso aconteceu na cidade de Tacima, Agreste paraibano. Ambos os militares estavam sem uniformes.
Segundo apuração da Polícia Civil, Edmo estava em dia de folga, em uma feira distrito de Cachoerinha, e considerou suspeita a atitude de três militares do setor de inteligência do 8º Batalhão de Nova Cruz-RN. Eles estavam no local à paisana, em operação com objetivo de capturar um foragido.
“Quando Edmo viu os policiais do Rio Grande do Norte, ele sacou a arma. De acordo com informações de testemunhas, os PMs à paisana reagiram com tiros, acreditando se tratar de um criminoso. Edmo tentou escapar dos disparos. Entrou no carro dele, bateu o veículo cerca de 100 metros depois e ainda tentou correr a pé, mas foi alcançado pelos PMs do Rio Grande do Norte, que dispararam mais tiros”, informou o delegado Diógenes Fernandes, responsável pela investigação do caso.
Ainda conforme o delegado, testemunhas disseram ter alertado aos gritos que Edmo era policial, mas a equipe do Rio Grande do Norte não parou a ação. Edmo Tavares foi atingido por quatro tiros, no queixo, tórax, costas e perna.
Durante a noite, os policiais suspeitos se apresentaram à Polícia Civil juntamente com advogado e o comandante deles. As armas dos militares foram apreendidas. Após prestar depoimento, eles foram liberados, mas estão afastados das funções.
“A situação envolve um equívoco recíproco entre os policiais. Vamos investigar a fundo todas as circunstâncias e, caso seja comprovado que houve excesso por parte dos policiais do Rio Grande do Norte, eles serão indiciados por homicídio doloso”, finalizou o delegado Diógenes Fernandes. A Polícia Militar dos dois estados apura o caso, junto com a Polícia Civil.
Mais um PM morto por policiais
Edmo Tavares era policial há 10 anos e trabalhava no 9º Batalhão, com sede na cidade de Picuí, Borborema paraibana. Ele é o segundo militar morto por engano de um colega de profissão nesta semana no estado. No último domingo (27), Willian da Silva de Farias, de 25 anos, foi confundido com um assaltante enquanto viajava de Caruaru, Pernambuco, para Campina Grande e acabou morto.
Portalcorreio

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