Criado a partir de projeto de lei da vereadora Jô Oliveira, Dia Municipal do Coco de Roda é celebrado em Campina Grande

Publicado em 5 de julho de 2022

Criado a partir de uma lei apresentada pela vereadora Jô Oliveira (PCdoB), o Dia Municipal do Coco de Roda é celebrado em 04 de julho, em alusão ao aniversário do Mestre Benedito do Rojão, e ressalta a importância e força dessa manifestação e de todos os artistas, grupos e coletivos que a mantém viva no município de Campina Grande.
Esse ano, infelizmente, o 04 de julho caiu em uma segunda-feira, mas mesmo assim a data não deixou de ser celebrada. No último sábado (2), foi realizado o Arraiá do Tambor, evento que aconteceu na rua do Juá, organizado pelo historiador e músico Williams Cabral.
“Todo ano nós fazemos o nosso arraial, aqui na comunidade. Até porque acreditamos que precisamos descentralizar as festas, levar arte e cultura para os bairros da periferia. O arraial de 2022 tem um sentido especial, por ser o primeiro ano depois da aprovação e sanção da Lei que institui o Dia do Municipal do Coco de Roda”, destacou Williams Cabral.
A vereadora Jô Oliveira esteve presente no Arraiá do Tambor e destacou a importância de mais eventos como esse, além de citar a sua felicidade em celebrar o primeiro Dia Municipal do Coco de Roda.
“O bairro do Tambor é um lugar de muita resistência, não teria lugar melhor para começarmos as celebrações do Dia Municipal do Coco de Roda. Precisamos de mais iniciativas como essas, descentralizar o acesso à cultura e investir mais em políticas culturais. Vamos continuar lutando para que isso seja uma realidade em nossa cidade”, enfatizou Jô Oliveira.


Em Campina Grande, diversos artistas fizeram sucesso através do coco de roda, como Jackson do Pandeiro, e mais recentemente Biliu de Campina e Benedito do Rojão. Hoje, o coco resiste em circuitos culturais, como o Coco no Quintal, realizado pelo Contra Mestre Evaldo Batista (Morcego), nos Eventos do Museu Vivo do Nordeste, do professor Adoniran Barbosa, nas atividades do Coletivo Matulão, e também na força musical dos grupos JB do Coco e Coletivo Tirinete, além do grupo Coqueiro Alto, que por onde passam levam essa expressão da nossa cultura.
“Essa data é muito importante para mostrar que a cultura do coco não ficou no passado. Se fala muito que o coco de roda é coisa do passado, mas é uma cultura permanente e que está em todo o nosso estado. Campina Grande se destacou como nomes como Biliu de Campina, Seu Benedito, Rosil Cavalcante… e vem mantendo viva essa tradição e memória, com os vários grupos e coletivos que tem realizado um trabalho de formação e manutenção desse ritmo”, ressaltou Willams Cabral, que fala também da necessidade de investimento e de políticas públicas para que se efetive essa data e que ela seja uma forma pedagógica de manter a nossa cultura viva.
Durante este mês de julho ainda serão realizadas outras atividades em alusão ao Dia Municipal do Coco de Roda, com apresentações descentralizadas, levando essa expressão cultural a diversos bairros e públicos.

Assessoria

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