Deputado critica ‘silêncio do mundo’ diante dos horrores de Israel contra os palestinos. Já são 12 mil crianças e 9 mil mulheres e idosos mortos

Publicado em 23 de fevereiro de 2024

No plenário da Câmara, o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) levantou uma voz contundente em defesa dos direitos humanos e contra a violência perpetrada pelo Estado de Israel contra os palestinos em Gaza. Em seu discurso proferido nesta terça-feira (20), Chinaglia defendeu o presidente Lula (PT) por sua coragem em denunciar as atrocidades e lamentou o “silêncio do mundo” diante dos horrores vivenciados pelo povo palestino sob o governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu.
Chinaglia questionou se alguém teria coragem de justificar os números alarmantes de vítimas palestinas, apontando que após quatro meses de conflito, Israel teria ceifado a vida de 12 mil crianças e 9 mil mulheres e idosos, além de destruir 400 mil residências e 320 escolas. O deputado também destacou o ataque a profissionais da saúde e da imprensa, com 637 médicos e mais de 100 jornalistas assassinados por Israel.
O deputado ressaltou que as críticas não são direcionadas ao povo judeu, mas sim ao governo israelense, representado por Netanyahu, que é caracterizado como de extrema direita. Chinaglia destacou que diversas fontes, incluindo líderes judeus pacifistas, endossam a busca por um cessar-fogo e pela paz na região, à semelhança do presidente Lula.
Entre as vozes que se levantaram contra as ações de Israel, Chinaglia mencionou o Vaticano e o renomado antropólogo, sociólogo e filósofo francês judeu Edgar Morin, que aos 102 anos expressou indignação com a violência israelense. Morin, que lutou contra o nazismo na Segunda Guerra Mundial, denunciou a tentativa de Israel de colonizar e expulsar os palestinos de suas terras, além de criticar o silêncio global perante tais atrocidades.
O parlamentar também citou o Unicef, que recentemente descreveu Gaza como “um cemitério de crianças”, e destacou o papel de movimentos pacifistas nos Estados Unidos e Europa, muitos liderados por figuras judaicas.
Chinaglia criticou o veto dos Estados Unidos à resolução do Conselho de Segurança da ONU em favor de um cessar-fogo em Gaza, enfatizando a necessidade de uma resposta internacional à carnificina. Ele lembrou que a violência de Israel contra os palestinos remonta a 1948, quando territórios palestinos foram doados aos judeus pela Inglaterra, sem considerar os direitos dos habitantes originais.
Ao finalizar seu discurso, o deputado reiterou a importância de se confrontar a injustiça e a violência, bem como a necessidade de uma ação global efetiva para pôr fim ao sofrimento do povo palestino.

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Brasil 247

Banner Add

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial