Despejo de família de casa abandonada no Aluízio Campos gera indignação. Candidata a vereadora sugere regulamentar tempo para contemplado ocupar moradia

Publicado em 6 de outubro de 2020

O despejo de uma mãe com vários filhos de uma casa no Complexo Habitacional Aluizio Campos, em Campina Grande (PB) neste final de semana, causou revolta e indignação entre os moradores do conjunto. O fato é que mesmo tendo sido entregue há quase um ano muitos imóveis ainda não foram ocupados e se encontram praticamente abandonados por seus proprietários, o que estimula quem não recebeu, mas está na lista de esperar a tentar realizar o sonho da casa própria.
Foi justamente uma dessas casas ´abandonada e nunca ocupada´ que uma mulher com seus filhos encontrou, ocupou e estava morando mas a realidade de voltar a morar na rua e dormir ao relento bateu à sua porta. Tão logo ocupou o imóvel o proprietário apareceu com uma ordem de despejo e ela teve que entregar o imóvel. Ela está na lista de espera e pelo jeito vai continuar esperando.
O fato causou revolta entre os moradores que, mesmo entendendo que determinação judicial deve ser cumprida, questionam o episódio de alguém se emprenhar em conquistar uma moradia num conjunto habitacional para fugir do aluguel e ter sua moradia, mas ao ser contemplado ficar um ano sem nem aparecer no local, tomando assim a vez de quem realmente precisa e quer morar no setor.

PROJETO DE LEI
Entre as pessoas que ficaram revoltadas com a situação – que não é única, já que outros casos semelhantes já foram registrados no habitacional – foi a candidata a vereadora pelo Patriota, Jermana Xavier, que mora e trabalha no Aluízio Campos. Ao tomar conhecimento do fato ela imediatamente sugeriu que sendo eleita no pleito de novembro próximo vai procurar meios de impedir que casos como esses voltem a acontecer.
A proposta de Jermana Xavier é que o órgão responsável pela entrega das moradias possa criar mecanismos para impor aos contemplados um tempo mínimo para ocupação dos imóveis, caso contrário ele será repassado para outra pessoa na lista de espera. “Não entendendo como alguém luta para conseguir sua casa própria, quer sair do aluguel, mas quando recebe passa um ano sem ocupar sua moradia?”, comentou ela.
Para impedir que casos como estes voltem a ser registrados nos novos conjuntos habitacionais construídos em Campina Grande Jermana Xavier pretende, caso seja eleita, apresentar projeto de lei na Câmara de Vereadores que estipule um tempo mínimo para a ocupação das casas e apartamentos pelos contemplados, sob pena de passado esse tempo perder a moradia e ela ser repassada para outra pessoa da lista de espera. “Eu acho que isso é o justo e o certo para todos os inscritos”, finalizou a candidata.

Apolinário Pimentel

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