Dilma recebe documento da CMCG que pede urgência na conclusão do eixo leste da transposição

Publicado em 8 de setembro de 2015

aguaDurante a visita da presidente Dilma Rousseff em Campina Grande na última sexta-feira, que teve como objetivo entregar 1.948 casas do Programa Minha Casa, o vereador presidente da Câmara Municipal, Antonio Alves Pimentel Filho, representando os vinte e três (23) vereadores que compõem a Casa de Félix Araújo, entregou nas mãos da presidente, um documento em nome da população campinense, alertando para a grave situação hídrica que corremos, com o baixo índice de água no Açude de Boqueirão.
Segundo Antonio Alves Pimentel Filho, consta também no documento entregue a presidente Dilma Rousseff, apelo para que o Governo Federal acelere o ritmo das obras de conclusão da Transposição do Rio São Francisco, bem como, que seja assegurados os recursos Federais, para conclusão das obras que estão sendo executadas em Campina Grande, em parceria com o Governo Federal, a exemplo da duplicação da Avenida Argemiro de Figueiredo, a construção de mais de 4 Mil casas que estão sendo em andamento no Complexo Multimodal Aloisio Campos, além das obras dos Canais de Bodocongó e Santa Rosa, dentre outras ações no município.
Veja agora a integra do documento entregue pelo presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, vereador Antonio Alves Pimentel Filho, a presidente Dilma Rousseff na manhã desta sexta-feira 04 de Setembro.
Campina Grande, 04 de setembro de 2015.
EXCELENTÍSSIMA SENHORA PRESIDENTE DILMA VANA ROUSSEFF.
No clamor dos versos do poeta Patativa do Assaré, a esperança do povo campinense traduzida neste manifesto, subscrito por todos os VEREADORES desta cidade, legítimos representantes do anseio popular, suplicando que o governo federal socorra nossa Campina Grande…
“Sem chuva na terra
Descamba Janeiro,
Depois fevereiro
E o mesmo verão
Meu Deus, meu Deus
Entonce o nortista
Pensando consigo
Diz: “isso é castigo
não chove mais não”
Ai, ai, ai, ai
Apela pra Março
Que é o mês preferido
Do santo querido
Senhor São José
Meu Deus, meu Deus
Mas nada de chuva
Tá tudo sem jeito
Lhe foge do peito
O resto da fé
Ai, ai, ai, ai.”

Considerando que a Paraíba sofre duramente os efeitos da maior estiagem dos últimos 100 anos, a da falta histórica de políticas de convivência com a seca, pois estamos encravados na região do semiárido, atualmente enfrentando uma tragédia anunciada e alertada por estudiosos e cientistas, como é o caso do pesquisador Janiro Costa Rêgo, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o qual, há anos, vem alertando os governos e as autoridades de que a falta de controle, entre a demanda e a oferta de água, provocaria o colapso do açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, no Agreste paraibano; o que inviabilizaria, economicamente, o município de Campina Grande, o qual é um reconhecido e destacado polo de Educação, de Comércio, de Indústria, de Tecnologia e de Medicina, sem falarmos dos agravos para a região polarizada por Campina, que ultrapassa os 50 municípios, ou seja, são mais de um milhão de habitantes na iminência do colapso total do abastecimento de água potável;
Considerando que o Açude Epitácio Pessoa, no município de Boqueirão-PB, foi construído pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca e possui uma capacidade de 411 milhões de metros cúbicos de água, estando atualmente com apenas 16,3% de seu volume, segundo dados da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) da Paraíba;
Considerando o fato de que a Crise Hídrica é também uma crise estadual, ou seja, com o iminente colapso do Açude Epitácio Pessoa, não temos onde buscar água no próprio território paraibano, pois, atualmente, a Paraíba conta com apenas 21% das reservas hídricas do Estado e como o período chuvoso chegou ao fim, não há expectativa de recarga dos reservatórios até o fim deste ano;
Considerando que, apesar da gravidade dos números apresentados, não há qualquer gerenciamento sobre as águas que restam no Açude Epitácio Pessoa, cerca de 67 milhões de metros cúbicos de água;
Considerando que Vossa Excelência anunciou no dia 02 de abril de 2013, em plena reunião da SUDENE, na cidade de Fortaleza-CE, a criação de uma Força Nacional de Emergência Contra a Seca, além de um observatório, os quais seriam coordenados pelo Ministério da Integração Nacional e teria, como primeira missão, fazer um diagnóstico do abastecimento de água na região afetada pela seca;
Considerando que, no último mês de maio, estivemos em Brasília, oportunidade em que fomos recebidos no Ministério da Integração Nacional pelo Secretário de Infraestrutura Hídrica, Dr. Osvaldo Garcia, e pelo Secretário Executivo, Dr. Carlos Vieira, enquanto que no Ministério das Cidades fomos recebidos pelo próprio ministro Gilberto Kassab, aos quais entregamos uma pauta sobre as demandas coletivas de Campina Grande, especialmente, sobre a CRISE HÍDRICA E O NÃO CONTINGENCIAMENTO DOS RECURSOS PARA A CONCLUSÃO DAS OBRAS DO GOVERNO FEDERAL EM NOSSA CIDADE, entretanto, até a presente data não recebemos qualquer resposta por parte das referidas autoridades.

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