Dois policiais são denunciados pela morte de Eliza Samudio

Publicado em 7 de julho de 2015

elizaCinco anos depois do crime, o Ministério Público de Minas Gerais denunciou dois policiais civis pela morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes.
Segundo o órgão, o policial aposentado José Lauriano Dias, o Zezé, e o subinspetor Gilson Costa teriam participado do assassinato e da ocultação do corpo de Eliza.
Os dois começaram a ser investigados em março de 2013, após o julgamento que condenou Bruno e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, pelo assassinato, sequestro e ocultação do cadáver de da jovem. Os agentes fariam parte de um grupo de extermínio que teria assassinado 50 pessoas nos últimos dez anos.
Nova investigação
A abertura de uma nova frente de investigação foi solicitada pelo MP, que, ao obter a quebra de sigilo na Justiça, detectou várias ligações entre Zezé, Gilson e Bola durante toda a semana em que a ex-amante de Bruno foi assassinada. Foram constatadas ainda dezenas de ligações dos mesmos policiais para o braço direito de Bruno, Luis Henrique Romão, o Macarrão, condenado a 15 anos de prisão pelos mesmos crimes.
As quebras de sigilo mostram, por exemplo, que Zezé e Bola, após trocarem ligações, teriam se encontrado na Lagoa do Nado, em Belo Horizonte, no dia do assassinato. Apesar dos indícios, o subinspetor Gilson deixou de ser indiciado pela polícia pelo assassinato de Eliza. “Ele apresentou um álibi perfeito. Conseguiu provar, com várias testemunhas e documentos que, no dia do crime de Eliza, estava em missão em Ituiutaba (MG), onde investigava um sequestro”, justificou ao R7 o delegado Wagner Pinto.
Gilson, no entanto, não conseguiu se livrar de um inquérito administrativo aberto pela Corregedoria da Polícia, o responsabilizou pelo assassinato, tortura e sumiço dos corpos dos jovens Paulo César Ferreira e Marildo Dias, ocorridos em 2008 num sítio em Esmeraldas, alugado por Bola para reuniões e treinamento do GRE. A Corregedoria concluiu que, além de Gilson Costa, participaram dos assassinatos o próprio Bola e outros dois policiais, reconhecidos por uma testemunha ocular dos assassinatos.
Caso Eliza
Eliza tinha 25 anos quando desapareceu, em junho de 2010. No ano anterior, ela teve um relacionamento com o goleiro, então jogador no Flamengo. A jovem brigava na Justiça pelo reconhecimento da paternidade do filho, Bruninho, na época com cinco meses, que seria do jogador. Bruno foi condenado a 22 anos de cadeia pela morte da modelo.
R7

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