Esquartejada achada na Serra de SC é identificada como sumida no RS

Publicado em 24 de agosto de 2015

esquartejadaA Polícia Civil em Santa Catarina considera esclarecido o caso de um corpo encontrado esquartejado em São Joaquim, na Serra, no último dia 9. O Instituto Geral de Perícias de Lages identificou a vítima pela análise das impressões digitais – trata-se de uma mulher de 34 anos, moradora de Porto Alegre, que havia desaparecido dias antes.
De acordo com o delegado Diego Gonçalves de Azevedo, de São Joaquim, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul conseguiu prender o suspeito do crime nesta quinta-feira (20). Ele seria um rapaz de 25 anos, colega de trabalho da mulher em um comércio de Porto Alegre. Nascida em Minas, ela vivia há alguns anos no Rio Grande do Sul.
O delegado explicou que a Polícia Civil do Rio Grande do Sul vinha tomando depoimentos de pessoas próximas a Cintia. Com a notícia da identificação do corpo, o rapaz foi novamente ouvido. “Acompanhei o depoimento, que durou mais de seis horas. Ele acabou entrando em contradição e confessou”, disse o delegado. A motivação do crime não foi informada.
De acordo com Azevedo, o assassinato foi cometido na sexta-feira (7), na casa da vítima. O rapaz teria levado o corpo para sua própria casa. “Ele utilizou uma serra pequena, dessas usadas para cortar azulejo”. A cabeça e o tronco foram enterrados no quintal da casa dele, segundo a polícia.
Para dificultar a identificação, o suspeito decidiu levar os membros restantes para outro estado. Segundo o delegado, ele usou como pretexto uma visita a familiares na cidade de São Joaquim e viajou de ônibus, com as partes o corpo da vítima escondidas em uma mala. Azevedo diz que o homem viajou na companhia de uma pessoa da família, que desconhecia o crime.
Após deixar o corpo em um terreno baldio a cerca de 500 metros da rodoviária, o rapaz só teria voltado no dia seguinte a Porto Alegre. Os restos mortais foram encontrados por um catador de latas.
O delegado diz que a investigação envolveu o IGP de Lages, a Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas (DPPD) em Florianópolis e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre. “Sem o trabalho da papiloscopia do IGP a identificação seria impossível. A papiloscopista responsável confrontou mais de 50 amostras de digitais”, disse o delegado.

Investigação
Na tentativa de identificar o corpo, a perícia catarinense contatou as polícias do Paraná e Rio Grande do Sul e enviou as digitais, explicou o delegado Wanderley Redondo, da DPPD, localizada em Florianópolis.
A delegacia trabalhou em conjunto com IGP de Lages para levantar dados de pessoas desaparecidas na região da Serra. Foram enviados ao instituto os números de Registro Geral (RG) e, pelo sistema da Polícia Civil, os peritos puderam visualizar as impressões digitais.
A delegacia enviou, inclusive, informações de homens desaparecidos. O delegado explicou que, como o tronco da vítima não foi encontrado, não havia certeza de que se tratava de uma mulher, apesar das unhas estarem pintadas.
G1

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